[OLPC Brasil] Sugar, Software Livre e Educação: afinal qual o papel da OLPC?
Paulo Drummond
ptdrumm at terra.com.br
Tue Jun 24 02:34:48 EDT 2008
Ok.
Então, não entendi coisa alguma do que você escreveu. Antes. Nada
importando muito de verdade, salvo democracias rompantes. Porque tudo
é mais ou menos a mesma coisa, com grandes diferenças marcantes.
Estas, uns meros bits trafegantes. Pra lá e pra cá.
Ficamos combinados assim, mesmo, como d'antes no quartel de Abrantes.
Paulo
On Jun 24, 2008, at 2:52 AM, José Antonio Rocha wrote:
> 2008/6/24 Paulo Drummond <ptdrumm at terra.com.br>:
> Caro José Antônio,
>
> Discordo veementemente da sua afirmação que o Logo só serve para
> aprender Logo e lógica de programação. Se você realmente esta
> convicto disso, você não sabe o que é o Logo. Menos ainda, presumo,
> sobre seus sucedâneos, como Etoys (Squeak/).
>
> Além disso, Logo é INCOMPARÁVEL ao Sugar. Bananas com balaios de
> palha.
>
> Sim, eu disse que Logo é bem diferente do Sugar.
>
> Novamente... TCP/IP, email e web. Sem contar o 'etc', o primeiro é
> um conjunto de protocolos (ou regras, se preferir), o segundo é um
> serviço (ou sistema, se preferir) de transporte de mensagens e o
> terceiro é um sistema, baseado na implementação de várias coisas
> (protocolos, sistemas, linguagem, serviços...). Plataforma é algo
> que está se tornando cada vez mais nebuloso definir, mas nenhum dos
> três (tecnicamente) jamais o foi.
>
> TCP/IP são padrões. protocolo de transporte de email é um padrão,
> Web são padrões. É a isto que me refiro.
>
> Novamente... Sugar e Squeak; bangalôs e botox.
>
> O Jecel faz computadores com Squeak como "sistema opercacional".
> Ele poderia ser usado para construir algo como o Sugar, como Python
> faz. Isso tudo (protocolos, linguagens, sistemas operacionais etc)
> são apenas programas jogando dados pra lá e pra cá. Não importa
> muito o nome ou como você os classifique. Programas e dados.
>
> Discordo de quase tudo o mais que você escreveu, mas a lista é
> longa e muito cansativa.
>
> Ora, eu nem falei tanto assim... :)
>
> Paulo
> On Jun 24, 2008, at 1:02 AM, José Antonio Rocha wrote:
>
>> 2008/6/23 Juliano Bittencourt <juliano at lec.ufrgs.br>:
>> >
>> > Caros colegas,
>> >
>> > Nos útlimos meses tenho presenciado nesta lista várias
>> > discussões de colegas sobre a questão do Windows XP rodando no
>> XO, da
>> > saída do Walter Bender da OLPC e do surgimento do SugarLabs.
>>
>> [...]
>>
>> > ... dizer que o foco agora é o Sugar e não a OLPC é como
>> > dizer que o importante é o piano e não os pianistas.
>> >
>> > Peço desculpas antecipadamente se ofendo alguém, mas achei
>> > importante compartilhar esses pensamentos com o grupo.
>>
>> De maneira alguma é ofensa, Juliano. São considerações importantes.
>>
>> Quando se faz (como eu, por exemplo) a afirmação de que o foco da
>> inclusão digital escolar se desloca para o Sugar, deve-se
>> considerar este cenário:
>>
>> 1. O OLPC XO não ganhará todas as concorrências (leilões de
>> compras estatais) em todos os países, como não ganhou no Brasil.
>> Mesmo se o XO fosse o único concorrente, o fabricante não teria
>> condições físicas de produzir uma quantidade imensa de XO para
>> todos os paises. Haverá necessariamente uma mistura de
>> dispositivos nas escolas.
>>
>> 2. Se é certo que haverá uma mistura de equipamentos, é enorme
>> também a chance de haver uma mistura de sistemas educacionais
>> envolvidos, tipo "Sistema Positivo de Ensino" (fornecedor
>> brasileiro de "sistemas educacionais e montador de computadores).
>> Isto pode levar à uma situação em que experiências e projetos
>> educacionais ficariam estanques, limitados à determinada região.
>> Pior ainda, pode levar ao cenário de termos a mesma escola com
>> dispositivos diferentes a cada ano, com sistemas educacionais
>> incompatíveis. Professores poderiam ser obrigados a ter de
>> aprender e desenvolver metodologias de ensino diferentes a cada
>> nova compra estatal, só porque um fornecedor conseguiu vencer o
>> leilão por alguns centavos a unidade. Não menos pior, a prática
>> educativa poderia ficar restrita ao que existe na Web (que é o
>> mínimo denominador comum entre plataformas de software) e a poucos
>> programas multiplataforma.
>>
>> 3. Um governo democrático e justo é obrigado a fazer licitação
>> para comprar hardware ou software proprietário, mas não precisa
>> necessariamente de licitação para adotar software livre, como, por
>> exemplo, uma plataforma comum de ensino.
>>
>> > O segundo equívoco que tenho observado é a idéia de que o
>> > acesso a um software inovador por si próprio garantirá uma
>> revolução
>> > na educação. Bem, essa é uma equívoco que muitas das pessoas mais
>> > geniais que trabalharam na área cometeram no passado, e que
>> gostaria
>> > de não ver repetido. No início da reflexão sobre informática na
>> > educação, pensou-se que o simples acesso do LOGO garantiria uma
>> > restruturação da escola.
>>
>> 4. Aí entra o Sugar, principalmente como ferramenta de
>> colaboração. Mais que isso, uma ferramenta de expressão em grupo.
>> Bem diferente de Logo. Eu adoro Logo, já lecionei Logo na escola
>> da Dra. Magda Bercht (da Ufrgs, Brasil), mas Logo é como xadrez.
>> Xadrez é ótimo para desenvolver a capacidade de jogar xadrez, já
>> bem disse o Millôr Fernandes. Nada mais. Da mesma forma, Logo é
>> ótimo para se aprender Logo e lógica de programação, mas é só. Não
>> dá pra se fazer muitas coisas úteis, é quase que só um spirograph
>> digital.
>>
>> Já um ambiente de colaboração e expressão como Sugar (ou similar)
>> permite se fazer qualquer coisa em comunicação colaborativa:
>> textos, gráficos, vídeos, áudios, músicas, softwares. Quase tudo o
>> que é forma de expressão do ser humano. E em grupo.
>>
>> Não conheço construcionismo, nem estou preocupado com isso. A
>> inclusão digital escolar pode ser feita com bases
>> construcionistas, mas, eventualmente, um país pode se decidir por
>> outra filosofia educacional, isto é possível, acontece. Não importa.
>>
>> O que conheço é Comunicação Social o suficiente para saber que,
>> quando se colocam pessoas se comunicando com ferramentas de
>> expressão eficientes (como a Web, que é o melhor exemplo até
>> hoje), as coisas começam a acontecer, seja lá qual concepção
>> pedagógica esteja por trás. Com ou sem projetos por trás. Com
>> projetos, melhor ainda. Acontecem mais coisas, claro, e mais
>> rapidamente, com mais conseqüências, e tal.
>>
>> Então, colocar 100 milhões de alunos, professores e secretarias de
>> educação em comunicação com uma poderosa ferramenta comum, e achar
>> que isto, "apenas", não vai dar em nada, é o mesmo que achar que
>> colocar um bilhão de computadores e servidores de informação em
>> rede e achar que não vai dar em nada.
>>
>> Mas assim como o TCP/IP, o email, a Web etc foram as plataformas
>> comuns que permitiram o desenvolvimento explosivo da comunicação
>> social nos últimos 18 anos, um ambiente educacional comum é o que
>> se precisa para impulsionar este desenvolvimento na escola.
>> Poderia ser o Squeak, poderia ser o Sugar. Mas tem que haver um.
>> Todas as escolas do mundo precisam falar e trabalhar com todas as
>> escolas do mundo. O Sugar me parece a melhor proposta, até agora.
>>
>> Neste sentido, o ambiente comum é mais importante que uma das
>> plataformas de hardware usadas. Também acho o XO incrível,
>> revolucionário e puxador do samba dos ultramóveis, torço por ele,
>> mas ele não será o único.
>>
>> > Nesta linha de pensamento, volto ao ponto que gerou toda essa
>> > polêmica que foi o Windows XP sendo portado para o XO. E aqui
>> ouso a
>> > pensar que faço mais um alerta. Se um país decide que o melhor
>> para
>> > educação de suas crianças é utilizar Windows XP, quem somos nós
>> para
>> > dizermos que não?
>>
>> Concordo com você. O Windows rodando no XO é legal, mas, como se
>> diz no Brasil, não fede nem cheira. Além de exigir sempre o dobro
>> de recursos do que software livre, é apenas um sistema-operacional-
>> morto-caminhando. Não tem muito mais que dois anos de vida pela
>> frente.
>>
>> Muito mais importante que o Windows rodando no XO é o Sugar
>> rodando no Windows (ou em qualquer outro sistema operacional).
>> Porque há mais chances de ser comprado um laptop não-XO com
>> Windows que ser comprado o XO windowsficado. E o Sugar poderá ser
>> o mínimo denominador comum necessário para aglutinar as
>> diferenças, para colar uma nova Web educacional colaborativa.
>>
>> > A OLPC
>> > continua não só apoiando mas também patrocinando o Sugar,
>> considerando
>> > que a maior parte dos desenvolvedores são funcionários ou
>> consultores
>> > da OLPC. Se esta tirasse o seu apoio financeiro ao projeto,
>> poderíamos
>> > no mínimo lançar dúvidas sobre a sua continuidade.
>>
>> É bem possível...
>>
>> > Nessa mesma idéia,
>> > se a OLPC fechasse amanhã, poderíamos lançar também dúvidas sobre a
>> > disposição das empresas em criar laptops de baixo custo para
>> educação,
>> > os quais canibalizam suas margens de lucro.
>>
>> Talvez, mas agora é tarde, mais de 50 fabricantes já descobriram o
>> filão aberto pela OLPC, os governos já sabem que é possível fazer
>> computadores móveis baratos. De qualquer forma, e ainda bem, a
>> OLPC parece que vai continuar revolucionando.
>>
>> São algumas considerações que faço, mais como pensamento alto que
>> como certeza.
>>
>> Abraços!
>>
>> --------------------------------------
>> Íntegra do post do Juliano na lista OLPC Brasil:
>>
>> Caros colegas,
>>
>> Nos útlimos meses tenho presenciado nesta lista várias
>> discussões de colegas sobre a questão do Windows XP rodando no XO, da
>> saída do Walter Bender da OLPC e do surgimento do SugarLabs. Acho
>> toda
>> a discussão importante para refletirmos profundamente acerca destes
>> fatos e das questões que levantam e por isso tenho me colocado como
>> espectador atento de todo esse processo. Entretanto vi nos últimos
>> tempos o surgimento de alguns argumentos que particularmente
>> considero
>> preocupantes. Também tenho visto uma depreciação da imagem da OLPC
>> baseada muito mais em falta de compreensão e diálogo do que em fatos.
>>
>> A primeira grande falácia que tenho ouvido repetidas vezes é
>> que agora (após a versão do Windows XP para o XO) o que importa é o
>> Sugar e não mais o XO. Por mais que eu goste do Sugar, desde de
>> quando
>> criar um laptop de baixo custo, baixo consumo de energia e
>> conectividade mesmo sem Internet deixou de ser uma boa idéia? O XO é
>> significativamente mais sofisticado que os outros laptops que se
>> propõe a concorrer com ele, e o seu esforço de engenharia não foi
>> colocado apenas em minituarização, mas principalmente em fazê-lo
>> funcionar em condições onde nenhum outro funciona. Por exemplo, em
>> Ruanda 99% das escola primárias não tem eletricidade. Neste tipo de
>> cenário qualquer um dos concorrentes do XO funcionaria? Mesmo no
>> Brasil, 11% das escolas públicas da Amazônia Legal não tem
>> eletricidade. Antes mesmo da primeira linha de código ser executada,
>> é necessário existir uma máquina viável, tanto economicamente quando
>> tecnicamente considerando os contextos que ela se propõe a atender.
>>
>> O segundo equívoco que tenho observado é a idéia de que o
>> acesso a um software inovador por si próprio garantirá uma revolução
>> na educação. Bem, essa é uma equívoco que muitas das pessoas mais
>> geniais que trabalharam na área cometeram no passado, e que gostaria
>> de não ver repetido. No início da reflexão sobre informática na
>> educação, pensou-se que o simples acesso do LOGO garantiria uma
>> restruturação da escola. Na realidade o que aconteceu foi a escola
>> assimilando o computador no laboratório de informática e substituindo
>> os usos inovadores do LOGO por aulas de LOGO. Depois, substituindo as
>> aulas de LOGO por aulas de computador, então nada remanescendo das
>> idéias originais sobre computadores e aprendizagem. Pensar que por
>> mais genial que o Sugar seja, que ele vai revolucionar a educação por
>> si só é no mínimo um equívoco. Ele é apenas uma parte de um projeto
>> maior e devemos tomar cuidado com a forma que usamos o termo "é um
>> projeto educacional". Já presenciei ele sendo utilizado de formas
>> muito "mundanas" como em "aulas de sugar". Se não existir esforço em
>> inserir novas idéias acerca da aprendizagem e como os computadores
>> podem auxiliar nesse processo, ele não passará muito mais disso.
>>
>> Outro ponto relacionado a isso é julgar que o sugar é o novo
>> representante legítimo do construcionismo de Papert. O constucionismo
>> é uma proposta pedagógica para o uso do computador na educação e não
>> uma especificação de software. Muitas pessoas, inclusive nós aqui no
>> LEC, buscamos utilizar o computador dentro de uma proposta
>> construcionista muito antes da discussão sobre software livre começar
>> a surgir. Para isso utilizamos primeiro os MSX e depois PCs rodando
>> Windows. Para ser franco, por mais que nos posicionemos a favor do
>> uso
>> de Linux nas escolas, ainda é bastante difícil encontrar softwares
>> livres educacionais com qualidade para apoiar práticas
>> construtivistas
>> e a implantação do Linux nas escolas públicas brasileiras tem sido
>> até
>> então, no mínimo difícil. Por isso tomemos cuidado ao dizer que o
>> Sugar é o novo monumento ao construcionismo e quem não usa ele (ou
>> quem usa software proprietário) não está sendo construcionista.
>> Papert
>> quando desenvolveu o construcionismo não utilizou software livre.
>>
>> Nessa altura muitos devem estar pensando que eu sou contra o
>> Sugar e o software livre! Muito pelo contrário. Dediquei muitos anos
>> da minha vida ao trabalho com Linux dentro das escolas públicas e
>> particularmente acho o Sugar umas das coisas mais legais que se
>> inventou na área de software nos últimos tempos. Mas usando uma idéia
>> de Paulo Freire (já que falamos de educação) que gosto muito, devemos
>> distinguir a militancia cega do pensamento crítico. No caso evitar a
>> militancia é pararmos de olharmos para o nosso próprio umbigo e
>> termos
>> atitudes colonialistas nos intitulando "herórios/salvadores das
>> criancinhas do país X" pq desenvolvemos o sugar, e termos pensamento
>> crítico é sermos capazes olharmos para os nosso próprios problemas e
>> falhas, aprendermos com eles, e nos re-estruturarmos mais fortes. Por
>> exemplo, por mais que defenda o software livre nas escolas públicas,
>> sei das muitas dificuldades que isso traz para os professores, e acho
>> que a solução não é negar as dificuldades mas sim trabalhar para
>> soluciona-las.
>>
>> Nesta linha de pensamento, volto ao ponto que gerou toda essa
>> polêmica que foi o Windows XP sendo portado para o XO. E aqui ouso a
>> pensar que faço mais um alerta. Se um país decide que o melhor para
>> educação de suas crianças é utilizar Windows XP, quem somos nós para
>> dizermos que não? Não estaríamos sendo contraditórios em dizer que as
>> pessoas tem *liberdade* de escolha desde de que façam as escolhas que
>> nós julgamos corretas? Se o movimento do Software Livre representa na
>> sociedade moderna um movimento pela liberdade, devemos respeitar
>> aqueles que não desejam se juntar a nós. Discutir, tentar
>> influenciar,
>> abrir possibilidades, trazer novas idéias: sempre. Impor, nunca!!!
>> Justamente pela OLPC ser um projeto de educação, seria correto ela
>> negar as crianças de uma determinada nação acesso aos seus laptops (e
>> dentro da sua lógica a possibilidade de uma educação melhor) só
>> porque
>> os políticos decidiram que querem Windows nas máquinas?
>>
>> No Brasil, uma das coisas que mais admiro é como o movimento
>> de Software Livre conseguiu com muita habilidade atingir as esferas
>> mais altas do governo. Sem imposição, mas com conscientização. Ao
>> invés de simplesmente negarmos aos outros países laptop com Windows,
>> devemos trabalhar com as pessoas daquele país para ver como é
>> possível
>> influenciarmos as idéias de seus governantes.
>>
>> Por fim, gostaria de dizer que acredito que a maior parte das
>> críticas a OLPC que tenho visto aqui são, no mínimo, injustas. A OLPC
>> continua não só apoiando mas também patrocinando o Sugar,
>> considerando
>> que a maior parte dos desenvolvedores são funcionários ou consultores
>> da OLPC. Se esta tirasse o seu apoio financeiro ao projeto,
>> poderíamos
>> no mínimo lançar dúvidas sobre a sua continuidade. Nessa mesma idéia,
>> se a OLPC fechasse amanhã, poderíamos lançar também dúvidas sobre a
>> disposição das empresas em criar laptops de baixo custo para
>> educação,
>> os quais canibalizam suas margens de lucro.
>>
>> Por fim, dizer que o foco agora é o Sugar e não a OLPC é como
>> dizer que o importante é o piano e não os pianistas.
>>
>> Peço desculpas antecipadamente se ofendo alguém, mas achei
>> importante compartilhar esses pensamentos com o grupo.
>>
>> Atenciosamente,
>>
>> Juliano
>>
>>
>>
>> Juliano Bittencourt <juliano at lec.ufrgs.br>
>> Laboratório de Estudos Cognitivos - LEC
>>
>> Address: Rua Ramiro Barcelos, 2600 - Bairro Santa Cecília - Porto
>> Alegre - RS - Brasil
>> Phone: +55 51 3308 5250 and +55 51 3308 5690
>>
>>
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>> nome: "José Antonio Meira da Rocha" tratamento: "Prof. MS."
>> atividade: "Coordenação do Pós-Graduação Jornalismo em Mídias
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