[OLPC Brasil] Mais um artigo sobre o XO

José Antonio joseantoniorocha at gmail.com
Tue Jan 9 14:47:25 EST 2007


On 1/9/07, Paulo Drummond <ptdrumm at terra.com.br> wrote:
>
> Muito bom seu artigo, Jaime.
>
> Artigos como o do Sr. Carlos Rocha, e outras colocações dispersas na
> globosfera, me lembram a parábola "O Velho, o Menino e o Burro".
>
> Escrevi recentemente ao editor de informática da Folha de São Paulo
> comentando uma ligeira impropriedade numa notícia recente. Falava "no
> projeto do MIT". Ora, o projeto não é do MIT, afinal das contas.
> Minha tese é que "pequenas impropriedades" publicadas por aí,
> acumuladas no (in)consciente coletivo e acabam deturpando a idéia
> central. Mas o editor não deu o braço a torcer. Sic transit gloria
> media...


Não é do MIT, mas talvez seja da "grife MIT".

O projeto nasceu lá, gestado com idéias deles. Quando Mary Lou Jepsen
terminar seu trabalho no laptop, no primeiro semestre de 2007, ela irá
integrar o quadro do MIT. É tudo da mesma turma.

Eu começo a ver um padrão em produções do MIT desde muito tempo.

   1. A criação da Cibernética
<http://en.wikipedia.org/wiki/Cybernetic>pelo "MIT guy" Norbert
   Wiener <http://en.wikipedia.org/wiki/Norbert_Wiener>, na metade do
   século 20, não foi proposta só para designar sistemas robóticos, mas também
   para estudar organizações. Cibernética vem do grego "pilotar" ou "governar".
   Em sua definição, a Cibernética já deixa a entender um melhor controle da
   sociedade por ela mesma. Cibernética é autontrole, além da automação. O que
   é autocontrole de organizações de pessoas? Posso sugerir "democracia
   direta"?
   2. O construcionismo, desenvolvido no MIT desde os anos 60, e o
   construtivismo, são intrinsecamente libertários. Respeitam a individualidade
   do aprendiz. Não impõem, mas propõem.
   3. As áreas em que os envolvidos no projeto OLPC tralham são aquelas
   que melhoram o relacionamento dos humanos com máquinas. Interfaces,
   linguagens, facilidade de uso, produção em massa. Baratear e facilitar o uso
   é democratizar o uso.

Posso estar vendo demais, mas me parece que há um projeto de democracia
direta em certas linhas de pensamento e grupos do MIT.

Digo isso porque o laptop se transformará numa febre, se funcionar direito,
com muita banda e cobertura.

Com todos os alunos das escolas pública laptopisados, os alunos das
particulares também vão querer os seus. Os funcionários das escolas também,
depois os funcionários públicos, e finalmente todos os brasileiros vão
querer os seus laptops (o que irá melhorar a rede mesh e diminuir os riscos
de roubo).

Com todos os brasileiros laptopisados, começaremos a nos perguntar porque
não votar por meio destas máquinas. E porque não votar diretamente, como era
o pensamento de aguns franceses há 200 anos atrás. Um voto por cabeça, sem
precisarmos de representantes.

A única desculpa para termos representantes é que não seria possível todos
votarem. Mas agora é possível. Se todos têm seu laptop, todos podem votar
diariamente para assuntos do município, do estado, do país ou do mundo.

-- 
nome: "José Antonio Meira da Rocha"  tratamento: "Prof. MS."
atividade: "Ensino e pesquisa em mídias digitais"
googletalk: email: MSN: joseantoniorocha at gmail.com
site: http://meiradarocha.jor.br ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
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