[OLPC Brasil] Why call tools "activities"?

Paulo Drummond ptdrumm at terra.com.br
Wed Apr 4 22:05:44 EDT 2007


O problema, José Antonio, é que o projeto ainda não foi compreendido  
pela maioria das pessoas. E vai levar ainda muito, muito tempo para  
que o seja. Apesar de centenas, talvez milhares de notícias e notas  
terem sido publicadas nos mais variados veículos - genéricos,  
especializados e outros menos votados - a prefrerência tem recaído  
sobre o laptop-hardware e suas características técnicas.

O que não se fala muito, pelo contrário se fala pouquíssimo, é do  
verdadeiro "recheio" do projeto: uma revolução educacional. E dela  
pouco se discute, pouco se escreve. Por quê? De novo, poucos  
realmente a compreendem. Já houve quem dissesse que notícia que vende  
bem é desastre de avião. Vai direto pra primeira página. Educação  
não. Na escala jornalística, que vc deve conhecer muito melhor que  
eu, arrisco em dizer que educação está entre os últimos (se não for o  
último) item da escala de assuntos que vendem. Alguém aí já viu  
notícia do projeto OLPC na seção Educação de algum grande jornal? Já?  
Quantas? O normal é se deslumbrar com a tecnologia, idolatrá-la,  
falar dela até a exaustão, mesmo sem saber do que está falando. É  
bacana, tá na moda, é "piece of conversation".

* * *
Atividade é atividade. Pode-se interpretá-la como desejar. Restringir  
o seu senso e sua aplicabilidade é ficar parado; e ficar parado é  
retroceder. Se o grupo está propondo que 'atividade' seja algo além  
da 'atividade', e se isso não fere os rígidos padrões linguísticos da  
academia, então 'atividade' pode ser mais que 'atividade'. Por que  
não? Que regra impede isso? No Brasil? No Brasil, onde?

Alguém já disse "é o povo que faz a língua..." Se a nossa língua  
portuguesa não fosse dinâmica (como é, e muito), nos condenaríamos ao  
estacionamento cultural e ao mofo da história. Além disso, enquanto  
não nos libertarmos dos grilhões da escola tradicional paquidérmica -  
essa de mil anos - de professores que não "conseguem" admitir uma  
nova terminologia, novos desafios, nova postura, nova consciência,  
não teremos fôlego nem cabeça para acompanhar uma belíssima revolução  
que nos "bate à porta".

Só mais uma coisa, um exemplo: você já deve ter ouvido alguém dizer a  
palavra 'xerocar', significando fazer (ou pedir para se fazer) uma  
cópia Xerox (mesmo que a ação ocorra numa copiadora Canon, Kodak,  
Minolta, Kyocera...) Originalmente Xerox™ é uma marca registrada de  
tecnologia, de uma empresa, de um processo, depois tornou-se um  
verbo, um substantivo...

Paulo

On Apr 4, 2007, at 8:24 PM, José Antonio wrote:

> Seems me a bad idea call software or tools as "activities".
>
> Activities, in Brazil educational sistem, are actions made with tools.
> Example:  scissors, glue, pencils are tools. A "colage" (patch work)
> made with this tools is an activity.
>
> Calling software as "activity" will cause huge confusion among  
> teachers...
>
> -- 
> nome: "José Antonio Meira da Rocha"  tratamento: "Prof. MS."
> atividade: "Pesquisa e aprendizado em mídias digitais"
> googletalk: email: MSN: joseantoniorocha at gmail.com
> ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
> veículos: [ http://meiradarocha.jor.br http:// 
> olpcitizen.blogspot.com ]
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