[OLPC Brasil] Re: [EADBR] Re: 1o teste com crianças do XO na USP
Jaime Balbino
jaimebalb at gmail.com
Wed Dec 27 08:25:34 EST 2006
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From: Jaime Balbino <jaimebalb at gmail.com>
Date: Wed, 27 Dec 2006 09:50:30 -0200
Subject: Re: [OLPC Brasil] Re: [EADBR] Re: 1o teste com crianças do XO na USP
To: José Antonio <joseantoniorocha at gmail.com>
Estou adorando esta discussão!
Jecel fez uma boa crítica da experiência em Extremandura. O vídeo é
bonitinho, a ferramenta promissora, mas eu não estava entendendo o que
de fato havia de inovador lá. Achei que era culpa da produção do
vídeo, já que ainda não tinha lido todo o material que eles
produziram.
A opinião do Jecel foi direto ao ponto. O meu estranhamento é porque o
que eles fazem não difere muito do que nossos próprios professores
também fazem na maioria das vezes, sob nossa orientação. Exatamente
como ele descreveu.
Discordo do José Antonio quando ele diz que devíamos começar com o
conteudismo tradicional (sua expressão foi pedagogicamente correta).
Isso como estratégia para compensar uma suposta limitação metodológica
dos professores pode ser um desastre para uma parte importante do
projeto, que é a sala de aula. E não "salvaria" o projeto com o seu
uso diário pelas crianças fora da escola, pois tira credibilidade da
proposta e a coerência do trabalho pedagógico (porque na escola é de
um jeito e em casa de outro?).
Vejo os laboratórios de informática como ambiente importante neste
processo de transição, não a metodologia conteudista.
Também devemos considerar que ainda é difícil afirmar que os laptops
serão levados para casa no início. Fiz uma discussão sobre isso, que
acho que ficou interessante, com o Américo Damasceno no Alphacity
Brasil (http://digitalmediauniverse.blogspot.com/2006/12/em-caso-de-doena-xiss-em-casa.html).
Já há metodologia, softwares e projetos de gestão. Eles são
pesquisados e utilizados em diversas partes do mundo (e no Brasil
também). Vou sugerir, para começar, algo que ainda não vi discutido no
âmbito da OLPC e que é uma das propostas oficiais para ensino
colaborativo na União Européia. Foi um projeto desenvolvido dentro do
planejamento decianual para educação do Parlamento Europeu. Muitos já
devem conhecer e até vão achar parecido com algo que já fazem. A
questão que quero levantar é se trata de uma proposta pedagogicamente
completa, envolvendo a preparação, aplicação, avaliação e catalogação
das melhores práticas (que servem como guia coletivo e não manual)
http://www.euro-cscl.org/site/itcole/itcole_brochure.pdf
Esse é o tipo de coerência que vejo que deva ser levada para sala de
aula. Sou contra manuais didáticos e a favor de mudanças na forma como
o professor planeja, trabalha o espaço e avalia o processo (não apenas
o aluno).
Comecei a preparar uma oficina de 2 dias para professores. Pretendo
fazer uma apresentação resumida dela em janeiro, numa escola daqui de
Campinas. Abordarei ferramentas e metodologias que podem ser
utilizadas no OLPC e nos laboratórios de informática. No caso,
metodologias de ensino colaborativo com FLE3 e Webquest; Squeake/eToys
e princípios de learning design para a organização do trabalho
pedagógico. Eu já tinha um material quase pronto com o Fle3 e o
IMS-LD, e estou ampliando com estas outras iniciativas.
(Existe tantas outras coisas que gostaria de incluir como e-portfólio,
gcompriz e o maravilhoso beehive -
http://www.weg.ee.usyd.edu.au/projects/beehive/)
Sei que isto não resolve o problema. Montar esta oficina serve mais
para que eu consiga discernir o que é fundamental e o que é
secundário, onde estas iniciativas independentes se tocam e como o
professor reinterpreta esse conhecimento.
Um abraço a todos e continuemos discutindo. Mas sabendo que não
precisaremos reinventar a roda, apenas deixá-la mais redonda.
Jaime.
--
Jaime Balbino Gonçalves da Silva
Designer Instrucional e Consultor em sistemas de ensino
Gestão, automação e adaptação em EAD
Pedagogo e Técnico em Eletrônica
Campinas, SP - Brasil
jaimebalb at gmail.com
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