[OLPC Brasil] Críticas ao projeto OLPC de um professor
Denise Vilardo
dvilardo at gmail.com
Sun May 20 00:00:39 EDT 2007
Continuando...
Da mesma maneira que as crianças que terão oportunidade de lidarem com os
laptops no seu cotidiano, não deixarão de pular amarelinha, nem de brincar
de pique-esconde, e ainda continuarão plantando feijões no algodão úmido e
medindo a sala de aula com barbante - porque as coisas não se excluem, mas
se complementam e se ampliam - convivemos com escolas onde os laboratórios
de informática ficam fechados e, ainda, bibliotecas escolares não são
acessíveis aos alunos, para não "estragarem", convivendo com iniciativas
bastante sérias e produtivas - em escola públicas, sim - onde alunos e
professores têm oportunidade de realizar trabalhos belíssimos de primeira
linha.
Dêem uma olhada no http://internetnaeducacao.blogspot.com/ e encontrarão
uma infinidade de relatos de experiências fantásticas que já estão
acontecendo nesse país, envolvendo professores e alunos de escolas públicas
que, a despeito de toda adversidade, encontram oportunidade e têm
compromisso e responsabilidade com os princípios fundamentais da educação de
construir conhecimento e autonomia.
Nós, educadores, somos responsáveis pelo debate e pelo esclarecimento
pedagógico do que deve ser feito na escola. E escola é lugar de formar gente
em suas potencialidades e diferenças.
Escola é lugar de compreender e aprender para o mundo que estamos vivendo
agora, e não para um futuro que sequer sabemos qual será.
Escola é lugar de se pensar alternativas para melhorarmos o que não está
bom, de se aprender a lutar pelo bem estar coletivo.
Escola é lugar de formamos pessoas para respeitarem-se umas às outras, para
serem colaborativas, justas e dignas.
Escola é lugar de ampliar e produzir conhecimentos.
Escola é lugar de transformação.
E se a sociedade está do jeitinho que está, cheia de gente "sabida e
esperta, que só sabe levar vantagem em tudo", é porque temos formado
gerações e gerações, sem nos preocuparmos com as transformações necessárias,
preocupados que somos com a manutenção de uma coletividade perversa, que já
se mostrou suficientemente incapaz de acolher os verdadeiros valores da vida
humana.
E os laptops chegam para ajudar nessa urgente e necessária mudança. E não
pode chegar devagarzinho, nas pontas dos pés, mas tem que chegar assim
mesmo, mobilizando as pessoas, desestabilizando as "verdades" estabelecidas
e criando um caos inicial, para que depois se retome o ponto de equilíbrio.
Um grande abraço a todos
Denise Vilardo
Em 19/05/07, Paulo Drummond <ptdrumm at terra.com.br > escreveu:
>
> Marta,
> Eu creio que compreendo bem sua revolta. Ela é a revolta de muitos, não só
> abnegados professores como você, mas muitos brasileiros como nós que sabem
> que uma verdadeira educação ainda está muito distante, em se usando os meios
> e métodos atuais. Muitos de nós, e creio posso incluí-la nisso, querem que a
> educação brasileira tenha um salto quântico de qualidade, mais que isso, que
> esse salto seja universalizado, fazendo com que tanto as crianças de Bauru,
> quanto as de um vilarejo às margens do Rio Urubu, ou as de uma escola de um
> distrito de Nova Iguaçú tenham uma mesma possibilidade de acesso ao
> conhecimento.
>
> Os chamados laboratórios de informática são (ou talvez tenham sido) uma
> etapa intermediária do processo. Algumas escolas têm tido sucesso na sua
> utilização, mas a maioria das que tiveram sorte em receber os equipamentos
> não. Isto se deve — como você bem coloca — a dois fatores importantes: Um o
> da intenção dos administradores em não "ficar pra trás", independentemente
> de saber o que pode ser feito com aqueles equipamentos; outra é a sanha
> política em usufruir as vantagens inerentes do processo, principalmente no
> ato da aquisição.
>
> De todo modo, com ou sem laboratórios, com ou sem treinamento adequado de
> professores, com ou sem politicagem e maracutaias, a educação de um modo
> geral continua a mesmíssima do final do século 19. Não do 20, do 19 mesmo!
> Com correções mínimas de curso e alguns acidentes de percurso, a educação
> brasileira só teve ímpetos consideráveis na década de 30 quando
> universidades (e seu conceito de conhecimento universal) surgiram no
> cenário; na década de 50 quando foi criada a CAPES, que estimulou o
> aperfeiçoamento de professores e recentemente depois da última edição da
> LDB, que deu uma flexibilização ao ensino de um modo geral.
>
> Mas esses ímpetos não bastam, nem de longe. Foram espasmódicos. A real
> necessidade é de uma revolução de costumes, uma radical mudança na postura
> dos doutos (que ainda vagam, mofados, pelo século 19) e de um
> redirecionamento do foco do processo de aprendizagem (nos períodos da
> infância e pré-adolescência) da sala-de-aula para a criança. Portanto,
> enquanto pensarmos em laboratórios de informática, continuaremos pensando na
> sala-de-aula e a coisa não mudará.
>
> O projeto OLPC tem essa característica do o foco na criança e o
> laboratório é o ambiente que a cerca. Será necessário um ajuste na postura
> do professor, sem dúvida, mas caberá a cada país decidir a forma como isso
> deverá ser feito. Cada país lançador do projeto deverá tecer a malha dessa
> nova educação baseada no princípio de que a criança constrói seu destino e
> modela seu mundo de acordo com sua visão e ambientação. Neste aprender de
> modelagem, ela aprenderá a pensar e aprenderá a construir e colaborar; e
> colaborará e construirá para continuar a aprender.
>
> Outros projetos ainda conservam a sala-de-aula como foco principal, e a
> figura do 'magister' como ator e controlador central nesse palco além de
> ferramentas impostas e antiquadas como pano de fundo. Ainda que a maioria
> das pessoas pensem que se trata de mais uma (desta vez grandiosa) competição
> entre equipamentos de fabricantes variados, na verdade o projeto UCA tem
> procurado analisar, transferindo à academia, à indústria e aos centros de
> tecnologia as tarefas de análise laboratorial das várias possibilidades
> pedagógicas e das variantes tecnológicas envolvidas.
>
> Tudo faz crer que o governo terá em mãos um riquíssimo material para a
> tomada de decisão sobre que plataforma adotar e como fazê-lo.
>
> Como última observação, o projeto OLPC não tem vínculo algum com a Intel.
> Ao contrário, o controlador principal do laptop é produzido pela concorrente
> AMD e o próprio laptop será fabricado pela empresa Quanta, de Taiwan. Muitos
> outros detalhes e respostas a outras dúvidas podem ser encontrados nos
> seguintes endereços:
>
> http://laptop.org/pt
> http://wiki.laptop.org/go/FAQ/lang-pt
>
> ETA
>
> Paulo
>
>
> On May 19, 2007, at 8:05 PM, marta caputo wrote:
>
> Aqui na minha cidade (Bauru, SP), a INTEL doou laboratórios de informática
> para cerca de 20 escolas. Nenhum deles está em uso. As diretoras das escolas
> não têm sequer a competência e a boa vontade de correr atás de um técnico
> para colocá-los em rede. As máquinas já estão virando sucata, trancafiadas
> em uma sala qualquer, na dependência das escolas. Nenhum dos 20 laboratórios
> está em funcionamento.
> Os professores não querem mais essa dor de cabeça, pois não têm
> treinamento específico para usar os computadores com seus alunos. Será que
> com laptops seria diferente? Duvido!!! Não sou, absolutamente, contra a
> tecnologia na escola. Muito pelo contrário! Podem inclusive constatar pela
> minha modesta contribuição, como ministrante da disciplina Educação e
> Comunicação, no curso de Pedagogia da UNESP daqui, pelo pequeno site que
> elaborei como resultado da disciplina em www.freewebtown.com/pedagogia
> Aliás, quando o site estava em vias de ficar pronto, solicitei ao
> departamento de Educação que o mesmo fosse linkado ao site oficial do curso.
> Não houve qualquer interesse. Afinal, eu era apenas uma professorinha
> bolsista... como é que poderia estar fazendo melhor que os titulares (que
> não fazem nicas!)? Como é que poderia estar levando meu trabalho com tanta
> boa vontade, ganhando R$700 por mês?!
> Nem sequer me enviaram um e-mail agradecendo ou se comprometendo a
> disponibilizar essas paginazinhas para os alunos que trabalharam com tanto
> afinco durante alguns meses, junto das páginas do próprio curso.
> Ou seja: mais uma vez, precisamos saber que educação queremos. Que
> sociedade queremos. Não é um computador por aluno que vai trazer essas
> respostas. 100 milhões de dólares é dinheiro demais para uma única
> finalidade, em termos de educação, num país como o nosso. Sabemos que no
> trajeto desses 100 milhões, até que virem um computador por aluno, haverá um
> incomensurável cardume de tubarões babando sangue prá meter a mão nessa
> grana! E o político-tubarão brasileiro não entende *lhorfas* de Educação!
> Apontem-me UM político brasileiro que tenha deixado um projeto
> político-pedagógico como herança para as nossas crianças! Pensaram? Acharam
> um nome? Não? Pois é...
> Pois eu lhes digo: Cristovam Buarque, enquanto ministro da Educação tinha
> um projeto maravilhoso - o da TV Escola, um projeto prá lá de bacana, mas
> que, assim que o Cristovam deixou de ser ministro, parece que foi
> abandonado, como sempre acontece aqui, na dança das cadeiras entre a classe
> política.
> Quando fui assumir a disciplina da qual lhes falei, fui pesquisar o
> Projeto TV Escola e descobri que a UNESP daqui, por meio justamente do
> Departamento de Educação havia sido nomeada como uma unidade repercussora do
> projeto, tendo recebido um kit com antena parabólica, TV, livros, DVDs e
> videos. Fui procurar esse material e o encontrei lá no cantinho - o
> equipamento. Mas eu precisava dos livros para distribuir para os alunos,
> para que pudéssemos, por alí, acompanhar o conteúdo teórico. Qual não foi
> minha indignação ao saber que, por insistência da *faxineira* do
> departamento, os mais de 300 kits com os livros e os CDs do curso haviam
> sido levados para uma biblioteca da rede pública, pois estavam atrapalhando
> a limpeza do departamento!!!!!!!!!!! Vejam que despautério! Não tenham
> duvída de que fui reclamar essa situação absurda ao chefe do departamento,
> meio que exigindo o retorno dos livros, que são ótimos!
> Esse episódio ilustra muito bem aquilo que o Prof. Setzer coloca com
> relação à escola pública no Brasil: decididamente, não temos escola pública,
> mas estatal: aquela que não funciona com o envolvimento do público, da
> sociedade civil, mas como reflexo de um estado inepto, incapaz,
> irresponsável e ganancioso. Cada vez mais ganancioso.
> Pois bem: voltando aos laptops. Talvez eles sejam necessários quando a
> sociedade civil se mobilizar em torno de educação decente para seus filhos!
> Não é uma decisão articulada nas inalcançáveis instâncias dos gabinetes dos
> políticos em Brasília que se vai melhorar nossa educação... mas só a
> consciência crítica e a capacidade de articulação de nossa população em
> torno daquelas duas questõezinhas que coloquei anteriormente: que educação
> queremos? que sociedade pretendemos construir? E, em torno dessa
> discussãozinha, nem a nossa classe política, nem a classe dos educadores e
> muito menos nossa sociedade civil se manifestou de maneira clara e objetiva.
> Não é colocando uma maquininha na mão de cada aluno, resultado apenas de
> negociata, que resolveremos ou construiremos um projeto político-pedagógico
> para esta Nação. Isso será apenas o desperdício de 100 milhões de US$. Quem
> certamente lucrará com isso será a INTEL e o Negroponte, pois o deles
> certamente estará garantido... e o que sobrar desses 100 milhões, entre
> os peixes pequenos, causará aquele alvoroço.
> Abraço,
> Marta
> *Roberto Fagá <robertofaga at gmail.com>* escreveu:
>
> Marta, a questão é que tirar das escolas públicas a tecnologia não vai
> melhorar a sociedade, ao contrário, vai excluir a classe pobre cada
> vez mais. E além do mais, acho inválido questionar se o projeto está
> tendo ou não um conteúdo educacional adequado uma vez que ele é livre,
> quero dizer, duvidar sim, mas escrever artigo sobre isso... Acho que
> ao invés de apostar em algo não dar certo, pode-se ajudar o projeto,
> visto que a OLPC é uma instituição sem fins lucrativos e aberta a
> ajuda de todos (além de ter vários grupos de pesquisa aqui no Brasil
> trabalhando nisso também).
> Por outro lado, a inclusão na tecnologia é algo inevitável,e um deles
> serão escolhidos para as escolas, seja o XO ou o ClassMate da Intel,
> ou então ainda mais computadores normais como já é feito atualmente e
> produz pouquíssimo ou nenhum resultado uma vez que conheço professores
> da rede pública que se queixam que a aula seria muito interessante com
> o uso do computador para determinados meios, como o citado pela profª
> Jenny, mas falta equipamentos ou são de difícil operação, ou ainda
> como é o caso da maioria, não existe curso preparatório para os
> professores.
> Queremos uma sociedade melhor, sempre a humanidade quis, e acho que um
> importante passo é a igualdade de oportunidades entre as diferentes
> classes, pelo menos no quisito de conhecimento técnico.
>
>
> On 5/19/07, Info-Educativa wrote:
> >
> >
> > Acho melhor sugerir ao MEC fechar as escolas... Há negociata na compra
> > de livros, lápis, borracha carteiras, merenda... Só quem não faz
> negociata é
> > professor: vive com salário de fome.
> > Vamos continuar elitizando a educação, deixar que só os filhos da classe
> > média tenham acesso à tecnologia.
> > Pergunta: quem disse que computadores e natureza são coisas antagônicas?
> > Como vamos ter uma escola desta na Zona norte do Rio de Janeiro, nas
> grandes
> > cidades de São Paulo?
> > Meus alunos pesquisaram na internet as formas de plantio e foram para o
> > quintal plantar uma horta! Estão vendo dia a dia o progresso de seu
> trabalho
> > e fazem gráficos no computador, escalas de revezamento para molhar as
> mudas,
> > atividades que englobam cooperação, defesa do meio ambiente, cidadania e
>
> > contato com a natureza, pois temos o privilégio de viver em meio a uma
> > reserva do restinho de mata atlantica que ainda temos no Rio.
> > Me perdoe, mas radicalismo não! Não podemos voltar no tempo e os
> corruptos
> > que sejam postos na cadeia.
> > Jenny
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: marta caputo
> > To: Brasil at laptop.org
> > Sent: Saturday, May 19, 2007 2:51 AM
> > Subject: Re: [OLPC Brasil] Críticas ao projeto OLPC de um professor
> >
> >
> >
> >
> > Refletir e ser totalmente contra? Sem apresentar nenhumzinho argumento
> de
> > porquê você é contra as colocações do Professor Setzer?! Como assim?!
> Sua
> > postura é aquela do tipo "sou contra porque sou contra?" Afffff...
> > Ele não poderia ter sido mais brilhante na exposição de seus argumentos,
>
> > analisando tão acuradamente as muitas facetas de mais essa negociata
> escusa
> > entre o governo brasileiro e a INTEL.
> > São os homens do "puder" aqui dessa Banana Republic comprando sucata
> > técnológica dos países do hemisfério norte, depois que o uso das mesmas
> já
> > se comprovou inútil por lá. Apenas prá abocanhar o seu quinhãozinho, nas
> > comiças, nas licitaçõezinhas...
> > Acompanho as discussões desta lista há tempos. Nenhum projeto
> > político-pedagógico que cause alento foi apresentado, até o momento, nem
> por
> > parte do governo, nem por parte da INTEL.
> > Infelizmente, creio que estamos sepultando qualquer possibilidade de
> > oferecer as nossas crianças o direito a uma infância digna, alegre,
> > saudável, segura, esperançosa, amorosa, cultivando princípios para uma
> > existência mais humana.
> > Se, ao invés de distribuir um laptop por aluno (o UCA devia se chamar
> URUCA
> > - cedo ou tarde, a analogia será inevitável), pudéssemos promover às
> nossas
> > crianças, aos seus pais e professores a oportunidade de frequentar uma
> > escola da pedagogia Waldorf, ninguém ia querer saber de computador tão
> cedo!
> > Porque numa escola Waldorf, as crianças aprendem a respeitar a natureza
> (as
> > aulas de educação agrícola, plantar, colher, preparar os alimentos com
> > aquilo que todos, juntos plantaram - e entenderam todos os muitos
> contextos
> > envolvidos só nesse simples processo - para citar apenas um), os seus
> > semelhantes e valores como a colaboração e a solidariedade, dentre
> muitos
> > outros.
> >
> > O artigo do Prof. Setzer me trouxe pelo menos um alento: ainda existem
> seres
> > pensantes que pensam com o auxílio luxuoso do coração...
> >
> > Bom fim de semana prá todos.
> > Marta Caputo
> >
> > Nathalia Sautchuk Patrício escreveu:
> > Leiam esse texto, é bem extenso, mas vale a pena nem que seja só para
> > refletir e ser totalmente contra...
> >
> > http://www.ime.usp.br/%7Evwsetzer/um-laptop-por-crianca.html
> >
> >
> >
> > --
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