Re: [OLPC Brasil] OLPC como dominação cultural dos EUA?

[Jecel Assumpcao Jr]

Jaime,

ooops - acabei não enviando uma cópia da minha reposta para a lista.
Obrigado por fazê-lo.
 
> Mas não me convence que um cara que estava dentro do projeto e que
> viva dentro do software livre possa estar tão desinformado quando Bill
> Gattes.

Só para ser menos vago:

- GPS: a primeira geração de máquinas não tem este recurso. Vários
pessoas gostariam que tivesse de modo que está na lista de coisas a
serem estudadas para versões futuras. Nenhuma destas pessoas é da CIA e
sim são professores nos países que estão avaliando as máquinas.

- lucro da OLPC: a OLPC é uma fundação de vive de doações. Foi iniciada
com doações de US$2 milhões cada de cinco empresas. Os governos vão
comprar máquinas diretamente da Quanta, que vai lucrar com isso. Os
fabricantes dos componentes também terão seu lucro. Mas a OLPC vai
depender de doações futuras para continuar funcionando e a idéia de que
o Nicholas esteja pensando em ficar rico com este projeto é bem
estranha.

- o sistema de segurança Bitfrost tem um esquema anti-furto opcional que
pode ser ativado por paises que o desejarem. Ele opera ao nível do
OpenFirmware e portanto poderia ser usado mesmo em máquinas com o Ututo.
O controle disso vai ser a nível de escolas e paises e não vai existir
nenhum jeito da OLPC desativar máquinas remotamente. O que está causando
confusão é que a OLPC vai ficar com as "chaves" de desenvolvimento de
cada máquina. Se você quiser apagar o sistema operacional que veio na
sua máquina e instalar o seu então precisa pedir a chave daquela máquina
específica para a OLPC. Eles verificam que ninguém reclamou que aquela
máquina foi roubada e então enviam a chave para quem pediu. A idéia é
impedir que alguém tome posse da sua máquina sem sua permissão usando
algum tipo de virus mas ao mesmo tempo deixar que quem quiser ter acesso
total ao software mais básico de sua própria máquina (mas não das dos
colegas) tenha como fazê-lo. Se der uma louca na turma da OLPC e eles
começarem a recusar as chaves para quem pedir as máquinas NÃO seriam
desativadas mas continuariam a funcionar perfeitamente com o sistema
original delas. Isto teria que ser combinado com a desativação dos
servidores de autenticação nas escolas para que o cenário que algumas
pessoas estão temendo viesse a acontecer.

Uma preocupação que o Daniel não mencionou nos artigos que li mas que
outras pessoas já discutiram é a presença da câmera e microfone em cada
máquina. Na versão B1 não existe nenhuma indicação do funcionamento ou
não destes dispositivos mas na máquina final cada um vai ter um LED
associado via hardware de modo que vai ser impossível para qualquer
software espionar a criança sem que esta saiba.

-- Jecel