[OLPC Brasil] [Argentina] Entrevista com David Cavallo
Alexandre Van de Sande
alexandrevandesande at gmail.com
Fri Dec 21 13:30:54 EST 2007
além do mais há uma questão maior do que essa: se o brasil quer entrar no
mercado de fabricacao de computadores precisa criar politicas distintas para
que seja atraente para empresas internacionais. Isso é complicado e fora do
escopo da olpc.
A olpc é um projeto educacional e aproveita-lo para criar artificialmente
vantagens para fabrica-lo internamente pode ate gerar uns emrpegos a curto
prazo mas a longo prazo todo mundo sai perdendo. A educacao pois com o mesmo
dinheiro poderiamos ter comprado muitos mais computadores de maior
qualidade. A industria nacional pois fica dependendo de subsidios do governo
para tornar um produto inferior rentavel e nunca consegue competir
internacionalmente.
E o brasil por que a longo prazo nós queremos uma geracao que esteja
preparada para os computadores, uma geracao de cerebros que desenvolvam
projetos, e que saibam ser empreendedores e nao mais uma geracao de criancas
semialfabeitzadas que o pai tem um emprego em uma fabrica que opde ser
substituido por um robo.
o que me dói é que estamos tão perto: o brasil isentou os competidores dos
impostos, so que o fez talvez tarde demais..
On Dec 21, 2007 4:06 PM, José Antonio <joseantoniorocha at gmail.com> wrote:
> On Dec 21, 2007 3:25 PM, Jaime Balbino <jaimebalb at gmail.com> wrote:
> (Sobre a entrevista de David Cavallo no blog http://mobeduc.blogspot.com )
>
> > Não esperava muito que ele revelasse os bastidores, tentei ser
> > discreto nisso. Mas ele foi bem mais fundo que minhas expectativas. A
> > sua crítica à política industrial, de desenvolvimento e inovação
> > brasileira não é nada diplomática.
>
>
> Mas é o que o governo merece ouvir. Montar plaquinhas importadas em
> gabinetes importados não leva a desenvolvimento sustentável nem cria
> empregos (algumas centenas, talvez, coisa irrisória).
>
> Suzhou <http://en.wikipedia.org/wiki/Suzhou>, cidade da província chinesa
> de Jiangsu, é a capital mundial dos laptops. Em 2005, 16 milhões de
> computadores portáteis saíram da cidade perto de Shangai. Todas as empresas
> do mundo estão transferindo suas linhas de laptops para Suzhou<http://www.sinomedia.net/eurobiz/v200310/focus0310.html>.
> Fábricas de outrora paraísos fabrís, como Taiwan, Índia ou Coréia do Sul,
> estão nessa. Em 2001, apenas 4% dos portáteis eram feitos lá<http://www.atimes.com/atimes/China_Business/HK22Cb01.html>.
> Hoje, são uns 80%.
>
> O Brasil precisará de *12 milhões de laptops* anualmente para equipar os
> envolvidos no ensino básico (60 milhões de pessoas, 5 anos de vida útil dos
> equipamentos). 12 milhões é um número grande o suficiente para criar toda
> uma cadeia produtiva brasileira nesta área, como foi feito em Suzhou. Um
> projeto mais ousado de fornecer laptops para todos os cidadãos brasileiros
> elevaria este número para uns *35 milhões de laptops anuais*. Com um
> mercado destes, você pode diser: "Quero 35 milhões de laptops, e quero que
> sejam feitos aqui".
>
> Mas isto não pode ser implantado de uma hora para outra. Suzhou levou 7
> anos para chegar a posição atual de produtora de 80% da produção mundial.
>
> Pedir montagem neste momento, num projeto piloto de 150 mil máquinas, foi
> bobagem, falta de visão. Acaba favorecendo as investidas predadoras e
> monopolísticas da Intel. E a conta do monopólio vem mais tarde.
>
> --
>
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> atividade: "Pesquisa e aprendizado em mídias digitais"
> googletalk: email: MSN: joseantoniorocha at gmail.com
> ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
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Alexandre Van de Sande
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