[OLPC Brasil] Notinha na Exame sobre laptop das crianças

[Paulo Drummond]

Concordo contigo, Marta.

Estamos precisando de contribuições REAIS para o projeto.

Uma vez que não somos quem vai definir, produzir ou distribuir o  
laptop, de nada adianta ficar aqui discutindo se é bom, ou não.  
Contudo, temos uma enorme capacidade de discutir o que pode ir dentro  
dele, e mais importante, como ele será usado.

Por exemplo: uma vez que o XO será de cada um, o que pode ser  
sugerido - e discutido - como forma de estimular o seu uso fora da  
sala-de-aula? em casa, com a família? na comunidade?

sugestões para os professores:
- criar exemplos práticos do uso do XO, baseado em suas premissas;
- agir como multiplicadores de boas e poderosas idéias - dentro das  
premissas do projeto;
- não esperar regras do MEC ou de qualquer outra instituição  
"regrativa";
- usar os PCN onde estes forem coerentes com o projeto, não como normas.
- conhecer o software: experimentar o sugerido (embarcado) sugerir  
outros;
- criar grupos de discussão sobre o novo papel do professor...
........

Atividades devem ser pensadas e elaboradas, como: wikibooks, tam-tam 
(CSound), etoys(Squeak), scratch(Squeak), logo, gcompris, bibliotecas  
de arte, editor musical(LSI), fácil(LSI), oficina de desenho(LSI) e  
por aí vai...

Falando em etoys, e pra não dizer que fico só na crítica, sugiro que  
os professores em geral tentem entender etoys e sua filosofia, que  
considero muito importante. E depois, usando a ferramenta:

- criem seqüências para idéias poderosas, como forma de facilitar a  
compreensão do ambiente;
- estimulem o "contar histórias", escrevendo "livros programáveis";
- imaginem situações comunitárias ou regionais, que possam ser  
simuladas no ambiente;
- proponham atividades construcionistas - e divertidas - em ciências  
e matemática;
- fomentem o uso colaborativo e o pensamento crítico entre as crianças;
- experimentem outras formas de usar - em outras áreas do conhecimento.

abs,
Paulo

On Apr 9, 2007, at 9:51 AM, Marta Voelcker wrote:

> Oi gente,
>
> penso que enquanto concordarmos que este é o tipo de avaliação e  
> comparação que deve ser feita ao XO, estamos enfrquecendo o projeto.
>
> Quem precisa de mais capacidade de processamento?
>
> Provavelmente aqueles que assumem que aplicativos de escritório e  
> joguinhos lindos que deixam crianças e professores passivos é tudo  
> que existe para se utilizar em sala de aula.
>
> Capacidade de processamento têm nossas crianças! ou pelo menos é  
> isto que queremos estimular nelas: a habilidade de acessar  
> diferentes informações, relacioná-las e utilizá-las na solução de  
> problemas, na construção de hipóteses, na exploração de um mundo  
> que chega a sala de aula a partir do acesso a internet.
>
> Agora se a nossa sociedade acha que entendidos de hardware podem  
> criticar este projeto e nós entrarmos nesta onda, estaremos fadados  
> ao fracasso.
>
> grande abraço
>
> marta voelcker
>
> Fundação Pensamento Digital ( parceira LEC UFRGS)
>
>
> Thu, 5 Apr 2007 18:01:01 -0100, "José Antonio" escreveu:
>
>
> http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0890/ 
> tecnologia/m0125978.html
>
> Engraçado a avaliação do jornalista. Ele diz que o XO "tem  
> capacidade de processamento limitada". O que significaria isto?  
> Limitada a quê? Ele tem desempenho aproximado ao do meu laptop  
> Toshiba 2550 e ao meu AMD K6-2, que ainda estão em uso aqui em casa.
>
> Toshiba 2550: Celeron 600 MHz, 192MiB de RAM, 980 bogomips.
> AMD: processador K6-2 500MHz, 192MiB de RAM, 1090 bogomips.
>
> O bogomips é uma medida do "laço vazio" do processador (o  
> processador repetindo "nada"), usada para calibragem do Linux. Não  
> mede o desempenho geral de um computador, mas serve para termos uma  
> idéia aproximada de processamento. O antigo Geode GX do laptop XO  
> faz 731 bogomips a 364 MHz. O novo Geode LX, com 433MHz, deve  
> chegar a 860 bogomips, quase o desempenho do meu velho laptop de  
> 2001. Para isto, gasta 3 watts de energia --  o mesmo que um  
> computador desktop desligado -- e não precisa de ventilação.
>
> Isto é "limitado"? Essa é uma palavra que não significa nada.  
> Parece papo daquels lojas que anunciam computadores "completos".  
> Isto é marketing e anti-marketing, não jornalismo.
>
> Mais além, a matéria diz que não será possível avaliar quando o  
> projeto UCA custará aos cofres públicos.
>
> Pô, era só ter pesquisado. Se os 60 milhões de envolvidos no ensino  
> básico receberem seus laptops, o governo gastará R$  
> 5.321.782.371,97 por ano.
>
> Se todos os brasileiros receberm um laptop (projeto fictício Um  
> Computador Por Cidadão), o poder público gastará 16 bilhões de  
> reais por ano, ou quatro reais por mês, por cabeça. E economizará  
> outros bilhões em comunicação, agilização da burocracia, pesquisas  
> e estatísticas, eleições etc.
>
> #end--
> nome: "José Antonio Meira da Rocha"  tratamento: "Prof. MS."
> atividade: "Pesquisa e aprendizado em mídias digitais"
> googletalk: email: MSN: joseantoniorocha at gmail.com
> ICQ: 658222 Skype: "meiradarocha_jor"
> veículos: [ http://meiradarocha.jor.br http:// 
> olpcitizen.blogspot.com ]
> _______________________________________________
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