[OLPC Brasil] Notícia no Universia Brasil

Jaime Balbino jaimebalb at gmail.com
Wed Dec 20 06:20:44 EST 2006


Pessoal,

O Unversia Brasil fez uma notícia bem situada sobro o laptop da OLPC.
Ela colheu um depoimento positivo (creio que pessoal e não-oficial) do
presidente da ABED.

O objetivo da matéria é estimular pesquisas nesta área. Dado o tipo
público do portal esta matéria vem bem a calhar.

Também menciona o Cowboy e, pela primeira vez na imprensa,
contextualiza o trabalho da UNESP dentro da iniciativa da OLPC. Neste
ponto a reportagem faz aquilo que deveria ter sido feito desde o
começo, pelos jornalista e pelo prof. Morgato: valorizar o domínio
tecnológico que já temos e que permite desenvolver uma máquina
semelhante em 1 ano de trabalho. E não ficar metendo o pau nos outros
na tentativa de ganhar mais pontos.

Esta linha de argumentação enriquece ainda mais o objetivo da
reportagem, pois estimula a colaboração e a soma de iniciativas, sem
brigas de egos e delaçoes.

Eles estão de parabéns!

Um abraço,
Jaime.

Projetos de inclusão digital abrem possibilidades para pesquisadores

Publicado em 18/12/2006 - 19:23

Desde o dia 18 de dezembro, os primeiros 60 modelos do laptop
educacional desenvolvido pela ONG OLPC (Organização Não-Governamental
One Laptop Per Child, que em português significa Um Laptop Por
Criança), passaram a ser distribuídos para os centros de pesquisa
brasileiros responsáveis pelos testes do protótipo. A idéia do governo
é adquirir 1 milhão destes dispositivos, ainda em 2007, e transformar
o Brasil num dos primeiros países a implantar o projeto de inclusão
digital desenvolvido pelo ex-diretor do Media Lab do MIT (Laboratório
de Inovações Digitais do Massachussets Institute of Technology),
Nicholas Negroponte.

Para conhecer melhor o "laptop de 100 dólares" clique na imagem acima.
O professor do MIT é fundador da ONG e pioneiro da idéia de produzir
um computador pessoal, portátil e de baixo custo para ser utilizado
por crianças de países em desenvolvimento. Após a "provocação" lançada
por Negroponte, pesquisadores do mundo todo passaram a procurar
soluções que chegassem a um laptop com custo igual ou menor a US$ 100
americanos. As estratégias do professor para chegar a esse resultado
foram a formação da ONG sem fins lucrativos para cuidar do
desenvolvimento do projeto, a parceria com a Quanta - empresa indiana
que fabrica componentes para a maioria das empresas de hardware do
mundo - e a venda em larga escala do protótipo diretamente para os
ministérios da educação dos países-alvo.

A distribuição de 1 milhão de laptops educacionais no próximo ano
ainda não será suficiente para revolucionar a vida das mais de 55
milhões de crianças brasileiras em idade escolar. Apesar disso,
especialistas afirmam que pesquisadores de informática educativa,
tecnologia e diversas outras áreas devem estar atentos às
possibilidades abertas para os projetos relacionados à educação e à
inclusão digital. "Até hoje, quem desenvolve software educacional
pensa em algo que a criança vai utilizar uma vez por semana no
laboratório de informática. É importante alertar os grupos de pesquisa
interdisciplinares dessa área e dizer: 'acordem! Agora estamos
trabalhando na base da pirâmide'", afirma a coordenadora do LSI - USP
(Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo),
Roseli de Deus Lopes, uma das responsáveis pelos testes do OLPC no
Brasil.

Para ela, diante de novos paradigmas que irão revolucionar a relação
ensino/aprendizagem, a idéia é que estes computadores sejam uma janela
para levar as melhores estratégias de educação por meio das melhores
ferramentas. "Agora que vamos ter um canal de comunicação direto com a
ponta da linha, ou seja, com os alunos, como fica o desenvolvimento
dos nossos projetos educacionais? A produção de conteúdo precisa
alcançar uma velocidade compatível a deste avanço tecnológico", afirma
Roseli.

Vantagens do OLPC

Na opinião da pesquisadora, o potencial que diferencia o projeto OLPC
da inserção de laboratórios de informática nas escolas é que quando
cada criança e professor tiverem seu próprio computador, será possível
criar soluções de tecnologia que considerem o desenvolvimento
individual de cada aluno em suas atividades e que ofereçam sistemas de
apoio virtuais aos professores, a fim de resolver questões que
influenciam diretamente o aprendizado.

As possibilidades, no entanto, vão ainda mais além. "Pense nas
empresas que oferecem apoio psicológico e jurídico para que seus
funcionários rendam mais. Com esses laptops, nós poderíamos, por
exemplo, desenvolver estratégias para dar orientação personalizada
sobre aqueles problemas domésticos das crianças, o que antes só
poderia ser feito se mandássemos um psicólogo para cada escola",
exemplifica Roseli. Além disso, também existe a carência pelo
desenvolvimento de sistemas que dêem retorno dos dados gerados pelos
laptops para gestores da educação pública e pesquisadores. "Hoje,
fazer uma pesquisa de campo com todas as crianças de 150 escolas
públicas é praticamente impossível. A partir da distribuição dos
computadores e da formação de uma rede de alunos, professores e
colaboradores, isso será possível", prevê.

Veja o depoimento do presidente da ABED sobre o projeto OLPC
A academia aposta na adoção de um modelo educacional que possibilite
ao aluno levar o laptop para casa e promover, dessa forma, a interação
da tecnologia com seus pais e familiares. Com isso, pesquisadores da
área de EAD (Educação a Distância) poderão voltar seus projetos em
direção ao uso desse novo recurso. "Estou segurando minha respiração
para saber os resultados dos testes. Mas estou muito otimista em
relação a eles", afirma o presidente da ABED (Associação Brasileira de
Educação a Distância) Fredric Michael Litto.

Além do desenvolvimento de soluções de conteúdo que serão viabilizadas
para alunos e professores pelos laptops, há a possibilidade dos
projetos de inclusão inspirarem e trazerem mais recursos para a
pesquisa em tecnologia e desenvolvimento de sistemas. O LTIA-Unesp
(Laboratório de Tecnologias da Informação Aplicadas da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) desenvolveu um dispositivo
portátil de baixo custo, com potencial para uso na educação, baseado
em uma tecnologia similar a que será utilizada pelos conversores de TV
digital. O laptop Cowboy, como é chamado o projeto, tem custo de
produção de aproximadamente US$ 250 e foi desenvolvido a partir de uma
pesquisa interdisciplinar. Clique para saber mais sobre o projeto

-- 
Jaime Balbino Gonçalves da Silva
Designer Instrucional e Consultor em sistemas de ensino
Gestão, automação e adaptação em EAD
Pedagogo e Técnico em Eletrônica
Campinas, SP - Brasil
jaimebalb at gmail.com


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