O Valor Econômico de hoje dá um exemplo de como se faz uma reportagem informativa. Um banho na "cobertura" feita pelo Queiroz da Convergência Digital. E olha que o repórter teve que entegrar o material bem antes, para ser editado e impresso no jornal de hoje.<br>
<br><a href="http://www.linearclipping.com.br/cnte/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=93&codnot=585454">http://www.linearclipping.com.br/cnte/detalhe_noticia.asp?cd_sistema=93&codnot=585454</a><br>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="100%">
<tbody><tr><td id="tituloNoticia"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="100%"><tbody><tr><td id="titulo">Laptop indiano vence pregão com oferta de R$ 82,5 milhões</td>
<td class="nao_imprime" width="250"><br>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
<tr>
        <td id="infoNoticia"><img src="http://www.linearclipping.com.br/imagens/item.jpg">Data: 18/12/2008<br>
<img src="http://www.linearclipping.com.br/imagens/item.jpg">Veículo: VALOR ECONÔMICO -SP<br>
<img src="http://www.linearclipping.com.br/imagens/item.jpg">Editoria: TECNOLOGIA <br>
                <img src="http://www.linearclipping.com.br/imagens/item.jpg">Jornalista(s): André Borges<br>
                
                <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" width="100%">
<tbody><tr>
<td valign="top" width="110"><img src="http://www.linearclipping.com.br/imagens/item.jpg">Assunto principal: </td>
<td>FNDE <br>MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO <br>OUTROS <br></td>
</tr>
</tbody></table>
</td>
</tr>
        <tr>
                <td id="textoNoticia">
                        André Borges, de São Paulo<p>
</p><p>
Depois de quase quatro anos de testes, especulações e polêmicas, o
governo federal finalmente conseguiu dar um passo concreto em seu
projeto para distribuir computadores portáteis a alunos de escolas
públicas do país. Ontem, depois de quatro horas de pregão eletrônico, o
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) bateu o martelo
para a compra de 150 mil computadores portáteis, máquinas que serão
distribuídas entre 300 escolas, em 270 municípios. </p><p>
</p><p>
Depois de avaliar as propostas de sete empresas, o FNDE, órgão ligado
ao Ministério da Educação (MEC), anunciou como vencedora a empresa
paulista Comsat, que produz o portátil Mobilis. Com a proposta final de
R$ 82,55 milhões, a Comsat venceu a disputa com um equipamento criado
pela companhia indiana Encore. Cada portátil custará ao governo R$ 553,
valor que inclui os serviços de distribuição nas escolas, 12 meses de
garantia, manutenção e configuração das máquinas. O portátil deverá ter
memória RAM com no mínimo 512 megabytes, capacidade de 1 gigabyte, tela
de cristal líquido de sete polegadas, dispositivo de acesso à internet
sem fio e pacote de software de código aberto. Os sistemas incluem
editor de textos, planilhas e apresentação de slides. </p><p>
</p><p>
Na segunda-feira, o MEC irá testar o equipamento da Comsat para
verificar se o Mobilis atende às exigências do edital. O equipamento já
vinha sendo testado em um projeto piloto na escola da Vila Planalto, no
Distrito Federal. "Estamos prontos. Agora vamos trabalhar no projeto",
disse ao Valor Jakson Alexandre Sosa, diretor-presidente da Comsat. </p><p>
</p><p>
O resultado surpreendeu o mercado. Esse é segundo pregão que o governo
realiza para comprar os portáteis do projeto conhecido como Um
Computador por Aluno (UCA). Há um ano, quando o MEC fez sua primeira
tentativa, a Comsat nem chegou a entrar na disputa, porque, segundo
Sosa, seu equipamento não atendia às especificações técnicas do edital.
Naquela ocasião, a empresa que venceu o pregão foi a Positivo
Informática. O governo, porém, não gostou do resultado e entrou numa
queda-de-braço com a Positivo para tentar reduzir o valor de sua
proposta. A fabricante de Curitiba queria R$ 98 milhões para realizar o
projeto - R$ 654,00 por portátil ou US$ 350, conforme a cotação do
dólar fixado à época, em R$ 1,86. Depois de várias semanas de
discussão, o pregão foi cancelado. </p><p>
</p><p>
Ontem, ao fechar com a Comsat, o governo concordou em pagar R$ 553,00
por equipamento, valor que, pela cotação atual da moeda americana,
equivale a cerca de US$ 235. A Positivo estava novamente na disputa,
mas a proposta mais baixa que conseguiu fazer desta vez foi de R$
100,24 milhões, o que lhe rendeu o terceiro lugar no pregão do MEC. A
segunda melhor oferta foi apresentada pela CCE, que queria R$ 100
milhões para executar o projeto. </p><p>
</p><p>
"Estamos frente à abertura de um período de ricas experiências para a
educação", disse César Álvarez, assessor especial da Presidência da
República e coordenador do UCA. "É a janela para uma experiência que
será acompanhada de perto." </p><p>
</p><p>
Uma vez que seu portátil seja homologado, a Comsat terá 40 dias para
distribuir o primeiro lote de laptops - 105 mil máquinas, o equivalente
a 70% do total. O volume só poderá ser inferior se as escolas públicas
não estiverem aptas a receber os computadores. A proposta é que os
notebooks distribuídos aos alunos sejam utilizados como ferramenta de
apoio ao ensino. Caberá a cada escola decidir se o aluno poderá ou não
levar seu micro para casa. </p><p>
</p><p>
A indiana Encore, que detém a propriedade intelectual do Mobilis,
chegou ao Brasil em janeiro do ano passado com o propósito de
apresentar seu pequeno computador portátil, um equipamento que a
companhia já distribuía em cidades indianas ao preço médio de US$ 160.
A adaptação do Mobilis foi fechada com a Comsat, que já detinha duas
unidades fabris em Taboão da Serra e São José dos Campos, no Estado de
São Paulo, voltadas à produção de placas-mãe. Mais recentemente, a
Comsat também começou a fabricar conversores de TV digital. Para trazer
o Mobilis ao país, as empresas fizeram um investimento inicial de R$ 2
milhões. </p><p>
</p><p>
A vitória da Comsat e seu laptop indiano desbanca projetos bem mais
populares que o Mobilis. É o caso do Classmate, o modelo da Intel
fabricado pela Positivo; e do chamado "XO", a iniciativa que serviu de
inspiração ao governo federal para lançar o UCA. Mais conhecido como
laptop de US$ 100, o portátil idealizado por Nicholas Negroponte,
ex-professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), chegou a
ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2005.
Para representar o equipamento, foi criada uma organização
internacional sem fins lucrativos, a Um Laptop por Criança (OLPC, na
sigla em inglês). "Negroponte teve um papel crucial em todo esse
processo", diz César Álvarez. "Foi o projeto dele que detonou esse
movimento."</p></td></tr></tbody>
</table>
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