<html><body style="word-wrap: break-word; -webkit-nbsp-mode: space; -webkit-line-break: after-white-space; ">
<div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">Fernando,</font></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal Helvetica; min-height: 14px; "><br></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">A validade de um estudo como esse estaria diretamente associada à sua usabilidade, se o dito cujo fosse de caráter prático. Mas não é.</font></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal Helvetica; min-height: 14px; "><br></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">O estudo é... um estudo de estatística, nada mais.</font></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal Helvetica; min-height: 14px; "><br></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">Não é atual (se baseia em dados estatísticos de quatro ou cinco anos) e isso é uma eternidade nos dias de hoje. Não conclui direito — os autores dão uma espécie de mea culpa na 'conclusão'... (eu nunca vi isso!). Não recomenda nada especificamente e, ainda por cima, provoca uma reversão de expectativas pessimamente explorada pela mídia.</font></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal Helvetica; min-height: 14px; "><br></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">Como escrevi lá na Educarus, talvez com uma ironia sutil, mas com pH bem baixo, o estudo leva em conta a Escola como fixa, imutável. Ora, se a Escola é fixa, a probabilidade de qualquer tremor tecnológico ser prejudicial ao seu status quo é naturalmente muito grande. Aproveitando-se disso, e procurando "chifre em cabeça de cavalo", descobe-se que pobre que usa computador....</font></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; font: normal normal normal 12px/normal Helvetica; min-height: 14px; "><br></div><div style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><font face="Helvetica" size="3" style="font: 12.0px Helvetica">A ojeriza ao projeto OLPC demonstrada por um dos autores do estudo, numa entrevista à Fapesp, me faz pensar que o estudo teve o propósito de 'marcar presença' negativa, tipo "sou contra, e daí?", aproveitando-se da respeitabilidade da revista SciELO e da própria Unicamp.</font></div><div><div>On Feb 18, 2008, at 2:51 PM, Fernando Norte wrote:</div><br class="Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite">Olá Paulo, Alexandre e demais participantes da lista,<br><br>Ainda não tive oportunidade de ler o resultado da pesquisa/tese/artigo seja lá o que fizeram. Eu lancei aqui foi mais uma notícia de alarde sobre a discussão. <br> Se o estudo é válido, eu não sei. O que eu acho absurdo é um estudo sobre como um computador mal pensado/usado prejudica a educação virar uma arma para criticas ao XO. <br><br>Lendo os comentários no site do Educarus, que reproduziu o post do Jaime Balbino (se não me falha a memória foi você Jaime que fez os melhores momentos ao vivo do pregão do governo aqui na lista), principalmente a reprodução de uma entrevista com a professora Léa Fagundes que pra mim coloca uma pedra nesse assunto. XO e o OLPC não é projetinho de ONG para inclusão digital tosca.Comparar o XO e o projeto do OLPC com os mesmos PCs recondicionados para projetos de inclusão digital que ensina favelados a colocar fotos no Orkut (e nada mais) é no mínimo patético para não ofender mais a nossa imprensa. <br> <br>Mesmo sem ler o resultado acho que a pesquisa por si só seja válida para avaliar o rendimento dessas tentativas. Se é pra fazer volume de dados e servir para 'N' conclusões não precisa entrar no aspecto social, política, moral etc. Ainda. Quando for avaliar outros impactos, comece por aí. Porque segundo os jornais, os próprios pesquisadores levantaram isso do rendimento, mas as respostas do porque diminuiem ficam em cima do achismo, assim como nós. <br> <br>Abraços,<br>-- <br>Fernando G. Norte<br>BHte - MG<br>cel: +55 31 9119 8814<br>-------------------------<br>MSN e Gtalk # <a href="mailto:fnorte@gmail.com">fnorte@gmail.com</a><br><br><br><div><span class="gmail_quote">Em 14/02/08, <b class="gmail_sendername">Paulo Drummond</b> <<a href="mailto:ptdrumm@terra.com.br">ptdrumm@terra.com.br</a>> escreveu:</span><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;"> <div style="">Voc6e tem razão; talvez não haja um único fator. Talvez o estudo merecesse algumas considerações a esse respeito. Mas o que me entristece é que o estudo enviesa demais sobre a tecnologia, deixando os problemas sociais com pouco ou nenhum peso no contexto.<div> <div><div><br></div><div>A mídia, por sua vez, é implacável, e praticamente rotula o resultado estudo como uma tragédia social anunciada, portanto ajudando em absolutamente nada a solucionar o problema maior.</div><div><br> </div><div>Por isso é que eu chamei (no peabirus) o artigo de "Raso e inconseqüente".</div><div><span class="q" id="q_1181a9cebace78f1_1"><div><br></div><div><br><div><div>On Feb 14, 2008, at 10:42 PM, alexandre van de sande wrote:</div> <br><blockquote type="cite"><div>Já li alguns posts da peabirus quando voce mandou anteriormente. Concordo que o sistema de ensino precisa mudar e se atualizar e que não deve ser tomado como imutável. Da mesma forma concordamos os dois, acho, que o computador não deve ser tratado como um eletrodomestico qualquer, com uso já definido. A cada ano e cada geracao a funcao da computacao se reinventa.</div> <div><br></div><div>Mas fico curioso em saber realmente qual o fator que fez na pesquisa a populacao com acesso a computadores regularmente ficar pior na avaliacao. Como o proprio estudo aponta, é possivel que hajam outros fatores de confusao (a populacao que trabalha jovem tambem coincide com a populacao com acesso a informatica). Valeria um contra estudo para avaliar esses addos.</div> <br><div><div>On 14/02/2008, at 21:47, Paulo Drummond wrote:</div><br><blockquote type="cite"><div style=""> O estudo é sério e a conclusão é coerente. É sério porque levou a sério as estatísticas e estudou-as seriamente. E é coerente, porque olha sistematicamente para o umbigo das estatísticas seriamente estudadas. Mas ele ajuda em alguma coisa para mudar o triste status quo? Lendo e relendo, você acha que ele contribui para que alguém possa fazer alguma coisa por:<div> <br></div><div>— alunos pobres?</div><div>— computadores nas escolas?</div><div>— padrões de aprendizagem?</div><div>— políticas públicas?</div><div><div><br></div><div>O problema, Alexandre, é que a essência do estudo leva em conta tão somente o mal (ou o bem) que um computador pode causar no desempenho escolar de alunos, pobres ou não, mas em nenhum momento toca seriamente na Escola em si; na Educação em si.</div> <div><br></div><div>O estudo trata o computador como um 'gadget' que, segundo as estatísticas-base, é um bem durável, tal qual uma geladeira, uma televisão ou um aparelho de dvd. E infere que os alunos pobres — que tem acesso / usam computador sistematicamente — tem desempenho pior que os alunos não-pobres que também o fazem.</div> <div><br></div><div>O erro é tecnológico ou é societal?</div><div><br></div><div>Para o estudo, a Escola-Instituição (ou a Educação em geral) sequer é comentada, que dirá criticada. A Escola é tomada como âncora, sem parâmetros. Fixa. Irreajustável. Então, presumo eu, o estudo trata a Escola como certa nos seus métodos e o computador passa a ser ser caracterizado como vilão, podendo ser um instrumento que, nas mãos de alunos pobres, só lhes causa mal.</div> <div><br></div><div>A Escola-instituição preserva os mesmos padrões de ensino de séculos, mudando marginalmente aqui e alí. À Escola interessa muito pouco mudar radicalmente esses padrões, porque isso provocaria uma grande inconveniência organizacional e administrativa, sem contar as inúmeras reações contrárias por parte do professorado mais conservador. Mudanças culturais são demoradas, sofridas até. Mas enquanto não acontecer uma grande mudança na Escola, os computadores continuarão a ser a 'bola da vez'.</div> <div><br></div><div>Recomendo a leitura dos dois posts mais recentes em <a href="http://www.peabirus.com.br/redes/form/comunidade?id=321" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">Educarus</a>.</div> <div><br></div><div>abs,</div><div><br></div><div><div><div>On Feb 14, 2008, at 8:45 PM, alexandre van de sande wrote:</div><br><blockquote type="cite"><div><br></div><div>De certa forma acredito que o estudo é sério e a conclusão coerente. Um problema similar acontece com pesquisas de opinião com produtos novos, quando o público rejeita um produto que lhes é apresentado pois eles o julgam comparando com os hábitos tecnologicos que eles já tem (pra que alguem vai querer um aprelho onde guardar 5000 musicas? pesquisas mostram que estao felizes com os 45 minutos de fita que seus walkmans guardam). Lançar um produto novo no mercado as vezes significa ter fé em suas próprias convicções. </div> <div><br></div><div>Em resumo eu acredito que o computador é uma ferramenta muito subutilizada. Se hoje formos ver para o que as crianças usam o computador, 90% é usar orkut e msn. Muito disso se dá em função da interface atual (que nao estimula colaboracao nem descoberta de novos programas) e dos programas pré instalados na máquina (ferramentas de produtividade e browser) e por isso eu acredito muito não só no XO mas no sugar como ferramenta.</div> <div><br></div><div>E é bom lembrar que educação não se dá apenas distribuindo maquinas, mas com programas educacionais que estimulem a criatividade e o bom uso de computadores e com professores que inspirem os alunos.</div> <div><br></div><div><br></div><br><div><div>On 14/02/2008, at 19:35, Paulo Drummond wrote:</div><br><blockquote type="cite"><div style=""> Fernando e colegas de lista,<div><br></div><div>Mais uma vez, os sábios de plantão, coadjuvados pela imprensa marromeno, publicam algo que vai de encontro (contra, mesmo!) ao temos dito e repetido à exaustão nesta lista. Infelizmente, ainda são muito poucos os que se dão conta da necessidade de uma reforma radical na Educação. Não é o computador nem a pobreza que estão errados: é a Educação que com suas metodologias mofadas que não muda há séculos.</div> <div><br></div><div>Leiam o comentário no <a href="http://mobeduc.blogspot.com/2008/02/laptops-educacionais-prejudicariam.html" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">blog do Jaime Balbino</a> e o post que publiquei no forum <a href="http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=8366" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">Educarus</a> sobre o mesmo tema.</div> <div><br></div><div>abs,</div><div>Paulo</div><div><br><div><div>On Feb 14, 2008, at 12:34 PM, Fernando Norte wrote:</div><br><blockquote type="cite"><a href="http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL298847-6174,00-COMPUTADOR+SABOTA+DESEMPENHO+ESCOLAR+DIZ+PESQUISA.html" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL298847-6174,00-COMPUTADOR+SABOTA+DESEMPENHO+ESCOLAR+DIZ+PESQUISA.html</a><br clear="all"> <h4>Computador sabota desempenho escolar, diz pesquisa</h4>                  <h5>Pior desempenho aparece quando máquina é usada para tarefas escolares. <br>Pesquisa da Unicamp dá alerta para programas de inclusão digital.</h5>"Idéias como a de dar um laptop para cada criança parecem péssima opção, principalmente considerando que ele piora o desempenho escolar entre as crianças mais pobres. Corremos o risco de transformar a inclusão digital em uma exclusão educacional", afirmou Wainer. Ainda em 2008, o governo planeja <a href="http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL289980-6174,00-FABRICANTE+DESCONHECE+SUSPENSAO+DA+ESCOLHA+DO+PC+POPULAR.html" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">distribuir 150 mil computadores portáteis</a> em 300 escolas públicas brasileiras". <br> <br>Fonte: G1 do GROBO!<br><br><br><br>A IMPRENSA é uma maravilha mesmo. Pega uma pesquisa feita nos resultados de projetos TOSCOS e generalizam para tudo. <br><br>A pesquisa é interessante e mostra que apenas jogar computadores para as pessoas é uma péssima idéia. Acredito sem pesquisa e apenas convivência de que as pessoas estão acostumadas a copiar e colar sem ler direito o que tem na internet.<br> <br>Não vou comentar mais nada sobre isso acreditando ser de senso comum nessa lista as vantagens do projeto EDUCACIONAL do OLPC / XO em detrimento do mercado de laptops para estudantes do governo federal.<br></blockquote> </div></div></div></blockquote></div></blockquote></div></div></div></div></blockquote></div></blockquote></div></div></span></div></div></div></div></blockquote></div><br></blockquote></div><br></body></html>