<span class="gmail_quote"><br></span>Ainda pensando sobre a matéria que o José Antonio nos enviou, há muito o que se discutir a respeito das diferentes maneiras de se conceber a questão da &quot;capacitação&quot; dos professores para a utilização dos laptops nas salas de aula, mas certamente não é pelo viés de saber utilizar o teclado...
<br><br>Essa é a parte menos importante da história. E por causa dessa bobagem (não estou nem questionando a veracidade da informação que pode ou não ter fundamento, não faz a menor diferença), as pessoas se arvoram a&nbsp; julgar um trabalho sobre o qual têm pouco conhecimento.
<br><br>Não quero dizer com isso que os professores estejam receptivos à idéia de ter laptops nas salas de aula. Isso, para a maioria, é assustador! Mas é isso que tem ser discutido, em primeiro lugar. Por que nossos professores têm tanto medo, por que eles se retraem, por que se expõem tão pouco?
<br><br>É claro que nada disso é à toa! São anos e anos de professores mal formados, pouco qualificados, absolutamente carentes de tudo e sendo constantemente ameaçados de perderem seu empregos - mesmo nas escolas públicas, esse tipo de coação existe, quando são intimidados com a possibilidade de transferências absurdas -. Eu já tive uma diretora que me chamou pra dizer que eu &quot;inventava&quot; muitas coisas, que eu vivia querendo mexer demais com a escola... Então é isso, é melhor ficar quietinho pra não fazer marola... pra não incomodar... pra não dar trabalho... os professores que ainda têm gás e querem fazer algo produtivo e interessante são rapidamente sufocados pelos que já entregaram os pontos.
<br><br>E aí acontece o mais triste de tudo: o professor desiste do aluno.<br><br>Quando isso acontece, fica muito difícil a gente retomar a caminhada. E, os professores, pararam de acreditar nos alunos, porque também não acreditam neles próprios. É a baixa auto-estima de um entrelaçada na baixa auto-estima do outro.
<br><br>É professor com vergonha de ser professor. É professor andando com camiseta, onde se lê: &quot;Hei de vencer mesmo sendo professor&quot;... ou, ainda, &quot;Não me seqüestre, sou professor&quot;... Como se não &quot;desse&quot; pra mais nada na vida, virou professor. Até nisso querem que a gente acredite. É a carapuça do coitadinho. Isso tudo é forjado na vida das pessoas.
<br><br>Bom, antes que isso aqui vire uma tese... é claro que existem inúmeras exceções de professores que viram do lado avesso pra acompanhar tudo e se entregam a um trabalho produtivo, tirando leite de pedra diariamente. Esses, brigam com o mundo! Todos os dias. 
<br><br>Por isso, temos que atualizar continuamente os professores, sim, mas também isso merece um novo formato. <br><br>Vou querer discutir um pouco mais sobre outras questões que estão na matéria. Aos poucos...<br><br>
Um grande abraço a todos<br><span class="sg"><br><span style="font-style: italic;">Denise Vilardo</span><br>
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