<font color="#bcdede" face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size="2"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><strong style="color: rgb(0, 0, 0);"></strong><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><strong style="color: rgb(0, 0, 0);">
</strong><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><strong style="color: rgb(0, 0, 0);"></strong><span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><strong style="color: rgb(0, 0, 0);"></strong><span style="color: rgb(0, 0, 0);">
</span>
<strong style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);"></strong><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);"></span><strong style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);"></strong><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);">
</span></font>Caros companheiros da lista, <br><br>O medo é uma coisa muito triste mesmo...<br><br>E, pra não perder o jeito, e a oportunidade... não posso deixar de lembrar de Paulo Freire quando, em 1968, falou na sua "Pedagogia do Oprimido", em relação ao
<span style="text-decoration: underline;">medo da liberdade</span>: <i style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;">"</span>nos oprimidos, o medo da liberdade é o medo de
assumi-la. Nos opressores, é o medo de perder a "liberdade</i><span style="font-style: italic;">" de oprimir."<br><br></span>Apesar do desuso das categorias opressores X oprimidos, continua atual ou é impressão minha?
<br><br>O professor que ainda acredita que para "educar é preciso controlar o conteúdo", só permitindo que o aluno tenha acesso ao que ele, professor, julgue que seja adequado, perdeu o bonde da história, né não?
<br><br>É mais ou menos como se acreditava, há mais de 40 anos, que para alfabetizar os meninos, o professor só podia apresentar, primeiro, apenas as vogais, em seguida, apenas as palavras que contivessem o que chamamos de padrão CV (consoante + vogal), por exemplo: ma - ca - co (porque eram consideradas mais simples, mais fáceis). E as palavras que contivessem encontros consonantais e dígrafos só eram dadas se houvesse tempo... E o garoto que se chamava Guilherme estava "ferrado", porque só aprendia o seu nome no final do ano letivo... também, quem mandou ter nome complexo e difícil???
<br><br>Ou seja, além de desconsiderar todo o universo do aluno, incluindo aí a total falta de sensibilidade para com a identidade do próprio, desconsiderava-se, também, toda a maneira como os sujeitos aprendem. A curiosidade, o desafio, a ousadia de pensar e fazer relações entre as coisas eram abafados. E aula era assim mesmo: o professor falava, e o aluno, quieto, apenas ouvia.
<br><br>Mas como falar em educar nos dias atuais, pensando em controlar conteúdo, quando o bonito dessa história é justamente a gente estimular os alunos pra ver até onde eles são capazes de chegar? É criar oportunidades para que eles tenham autonomia para descobrirem seus caminhos, fazendo os seus links?
<br><br>É começar uma aula comentando o resultado dos Jogos Pan-Americanos e enveredar pela economia, pela política, pela organização social dos países envolvidos. É conhecer e comentar os países e as representações das respectivas bandeiras. Analisar estatísticas de jogos e de medalhas. É voltar pros esportes e pensar no que eles representavam anteriormente, e o que representam hoje em dia. É discutir se algumas modalidades são ou não um esporte. É analisar os esportes coletivos e os individuais. É analisar as questões de gênero no campeonato. Discutir dopping, boicote, "levar vantagem" e outros tantos assuntos que nos fazem pensar sobre as atitudes humanas.
<br><br>E se os alunos quiserem aprofundar seus conhecimentos sobre os países da América Central? Serão impedidos porque não está previsto nos conteúdos curriculares?<br><br>Como é que se pretende controlar isso??? Ou isso tudo não é conteúdo?
<br><br>E, pior, como pensar em controlar conteúdo utilizando os laptops??? Não combina, não combina! Estamos falando de compartilhamento de informações e de construção de novos conhecimentos.<span style="font-style: italic;">
<span style="font-style: italic;"><br><br></span>"Alguma coisa tá fora da ordem..."<br></span><br>Uma outra frase que me deixa preocupada na notícia é <span style="font-style: italic;">"...além de treinar professores no uso de computadores."
<br><br></span>Por favor, vamos parar de falar em treinar pessoas para a utilização de computadores, como se as máquinas fossem meros recursos pra tornar o ensino mais bonitinho e "muderno"; pra facilitar o ensino... O foco é na aprendizagem! Os professores não podem/devem ser treinados pra usar computadores, como me ensinaram, no final da década de 70, a utilizar o retroprojetor, o projetor de slides e o álbum seriado... eram os famosos "recursos audiovisuais".
<br><br>Penso que utilizar os computadores com os professores deve atender a duas premissas básicas: compartilhar com eles as possibilidades de aprendizagem, procurando entender as formas de organização não-linear, de seleção, de funções, de relações etc e pensar/criar junto com eles metodologias produtivas de trabalho.
<br><br>Chega de querer treinar professor, como se ele fosse um sujeito que não pensa e que não cria. <br><br>A sorte é que ninguém vai conseguir controlar os alunos! E espero que os professores percam o medo e se descontrolem também ;-)
<br><span style="font-style: italic;"></span><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"></span></span><br>Um grande e fraterno abraço a todos.<br><br><span style="font-style: italic;">Denise Vilardo
</span><br><span style="font-style: italic;"></span><br><br><br><div><span class="gmail_quote">Em 31/07/07, <b class="gmail_sendername">
Jecel Assumpcao Jr</b> <<a href="mailto:jecel@merlintec.com" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">jecel@merlintec.com</a>> escreveu:</span><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;">
José Antonio,<br>> O jornalista John Ribeiro (Ribeiro? De Goa, talvez?) termina matéria sobre<br>> lançamento do Classmate Intel na Índia com um FUDzinho:<br>><br>> "Na Índia, no entanto, o programa OLPC não foi adotado pelo governo,
<br>> entre outras razões, porque ele não permite controle do conteúdo pelos professores.<br><br>Mas isso está correto - você não pode ter simultaneamente a liberdade<br>dos alunos e o controle dos professores. Só que faltou ele completar:
<br>enquanto o Classmate permite que os professores tenham este<br>controle..... por uns dois dias ;-)<br><br>-- Jecel<br>_______________________________________________<br>Brasil mailing list<br><a href="mailto:Brasil@lists.laptop.org" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
Brasil@lists.laptop.org</a><br><a href="http://lists.laptop.org/listinfo/brasil" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">http://lists.laptop.org/listinfo/brasil</a><br></blockquote></div><br>