[OLPC Brasil] [Argentina] Entrevista com David Cavallo

Alexandre Van de Sande alexandrevandesande at gmail.com
Fri Dec 21 14:04:17 EST 2007


pois então concordamos. fabricar aqui é algo complicado. Criar empregos
artificialmente para montagem não ajuda muito. E nada disso devia ser posto
como diferencial em um projeto educativo

On Dec 21, 2007 4:47 PM, Nathalia Sautchuk Patrício <
nathalia.sautchuk at gmail.com> wrote:

> Montar os laptops no Brasil (como faz a Positivo) é muito diferente de
> fabricá-los aqui... Fabricar inclui fazer todo o projeto dos laptops,
> incluindo seus componentes. Desse jeito estariamos realmente não só gerando
> trabalho para "montadores" de laptop, mas também para os nossos engenheiros
> e profissionais de tecnologia, mas ai é outro papo.
>
>
> On Dec 21, 2007 4:30 PM, Alexandre Van de Sande <
> alexandrevandesande at gmail.com> wrote:
>
> > além do mais há uma questão maior do que essa: se o brasil quer entrar
> > no mercado de fabricacao de computadores precisa criar politicas distintas
> > para que seja atraente para empresas internacionais. Isso é complicado e
> > fora do escopo da olpc.
> >
> > A olpc é um projeto educacional e aproveita-lo para criar
> > artificialmente vantagens para fabrica-lo internamente pode ate gerar uns
> > emrpegos a curto prazo mas a longo prazo todo mundo sai perdendo. A educacao
> > pois com o mesmo dinheiro poderiamos ter comprado muitos mais computadores
> > de maior qualidade. A industria nacional pois fica dependendo de subsidios
> > do governo para tornar um produto inferior rentavel e nunca consegue
> > competir internacionalmente.
> >
> > E o brasil por que a longo prazo nós queremos uma geracao que esteja
> > preparada para os computadores, uma geracao de cerebros que desenvolvam
> > projetos, e que saibam ser empreendedores e nao mais uma geracao de criancas
> > semialfabeitzadas que o pai tem um emprego em uma fabrica que opde ser
> > substituido por um robo.
> >
> > o que me dói é que estamos tão perto: o brasil isentou os competidores
> > dos impostos, so que o fez talvez tarde demais..
> >
> >
> > On Dec 21, 2007 4:06 PM, José Antonio < joseantoniorocha at gmail.com>
> > wrote:
> >
> > > On Dec 21, 2007 3:25 PM, Jaime Balbino < jaimebalb at gmail.com> wrote:
> > > (Sobre a entrevista de David Cavallo no blog http://mobeduc.blogspot.com
> > > )
> > >
> > > > Não esperava muito que ele revelasse os bastidores, tentei ser
> > > > discreto nisso. Mas ele foi bem mais fundo que minhas expectativas.
> > > > A
> > > > sua crítica à política industrial, de desenvolvimento e inovação
> > > > brasileira não é nada diplomática.
> > >
> > >
> > > Mas é o que o governo merece ouvir. Montar plaquinhas importadas em
> > > gabinetes importados não leva a desenvolvimento sustentável nem cria
> > > empregos (algumas centenas, talvez, coisa irrisória).
> > >
> > > Suzhou <http://en.wikipedia.org/wiki/Suzhou>, cidade da província
> > > chinesa de Jiangsu, é a capital mundial dos laptops. Em 2005, 16 milhões de
> > > computadores portáteis saíram da cidade perto de Shangai. Todas as empresas
> > > do mundo estão transferindo suas linhas de laptops para Suzhou<http://www.sinomedia.net/eurobiz/v200310/focus0310.html>.
> > > Fábricas de outrora paraísos fabrís, como Taiwan, Índia ou Coréia do Sul,
> > > estão nessa. Em 2001, apenas 4% dos portáteis eram feitos lá<http://www.atimes.com/atimes/China_Business/HK22Cb01.html>.
> > > Hoje, são uns 80%.
> > >
> > > O Brasil precisará de *12 milhões de laptops* anualmente para equipar
> > > os envolvidos no ensino básico (60 milhões de pessoas, 5 anos de vida útil
> > > dos equipamentos). 12 milhões é um número grande o suficiente para criar
> > > toda uma cadeia produtiva brasileira nesta área, como foi feito em Suzhou.
> > > Um projeto mais ousado de fornecer laptops para todos os cidadãos
> > > brasileiros elevaria este número para uns *35 milhões de laptops
> > > anuais*. Com um mercado destes, você pode diser: "Quero 35 milhões de
> > > laptops, e quero que sejam feitos aqui".
> > >
> > > Mas isto não pode ser implantado de uma hora para outra. Suzhou levou
> > > 7 anos para chegar a posição atual de produtora de 80% da produção mundial.
> > >
> > > Pedir montagem neste momento, num projeto piloto de 150 mil máquinas,
> > > foi bobagem, falta de visão. Acaba favorecendo as investidas predadoras e
> > > monopolísticas da Intel. E a conta do monopólio vem mais tarde.
> > >
> > > --
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