[OLPC Brasil] É bonito, verde e pode mudar o mundo

Werciley Silva werciley at gmail.com
Sun Apr 29 10:12:12 EDT 2007


28/04/2007
É bonito, verde e pode mudar o mundo

De Carolyn Y. Johnson, do Boston Globe 
Em Cambridge

Com suas bonitas orelhas de coelho, seu excêntrico carregador "de dar corda" e sua grande alça de plástico, o laptop XO verde-limão não parece uma tecnologia que mudará a educação e a computação em todo o mundo.
A Líbia encomendou 1,2 milhão de laptops com 'orelhas de coelho', por US$ 100 cada

Mas em uma demonstração nos escritórios de Cambridge da organização sem fins lucrativos Um Laptop Por Criança (One Laptop Per Child, Olpc), seu fundador, Nicholas Negroponte, disse que é exatamente o que acontecerá quando o projeto passar de sonho para realidade em setembro.

"Nós conversamos sobre a missão, contra o mercado", disse Negroponte.

O chamado laptop de US$ 100 -que atualmente custa US$ 175- é um computador leve, de baixo consumo de eletricidade, que pode suportar uma chuva torrencial, trabalhar à luz do sol e usado por crianças dispostas a rodar manivelas ou dar corda para mantê-lo funcionando.

Negroponte disse que espera conseguir colocar seu computador nas mãos de 1 bilhão de crianças com idades entre 6 e 16 anos em países em desenvolvimento, com a produção chegando a 400 mil unidades por mês no final deste ano, para um total de 3 milhões na primeira leva de produção. Seus parceiros, empresas como a fabricante de chips Advanced Micro Devices, a produtora de software Red Hat e o fabricante de monitores Chi Mei Group, expressaram o mesmo desejo elevado que o dele de mudar o mundo por meio da tecnologia.

Mas usar o laptop também é divertido.

O laptop verde e branco tem uma pequena tela de alta resolução capaz de girar e fechar em bloco. Um botão deslizante desativa o backlight, permitindo aos usuários a economia de energia ou levar o laptop para fora e usá-lo à luz do dia.

Em ambos os lados se encontram duas orelhas de coelho de plástico de pouco mais de 5 centímetros, que se abrem para aumentar o alcance de sinal de rede. Elas parecem frágeis, mas foram testadas com sucesso em quedas de até 1,5 metro, disseram seus fabricantes.

O laptop possui um teclado tão minúsculo que parece adequado apenas para mãos de crianças, com controles de jogos em ambos os lados da tela, que a transformam em um grande Gameboy.

Negroponte disse que o computador pode rodar o Windows, mas seu atual sistema operacional é um menu simples, de fonte aberta, com grandes ícones fáceis de usar espalhados na parte inferior da tela. E apesar de seus criadores preverem o uso do laptop como uma ferramenta educacional para colaboração, as crianças também poderão jogar um jogo ao estilo Tetris chamado BlockParty ou compor uma sonata usando uma orquestra virtual formada por tudo, dos sons de um bebê ao guincho de um porco.

Centenas de laptops já estão sendo testados por crianças em vários países, incluindo Brasil, Argentina, Uruguai, Nigéria, Líbia, Paquistão e Tailândia. Mas a partir de setembro, os fabricantes planejam aumentar a produção, disponibilizando 400 mil laptops por mês.

O aparelho se dobra em uma pasta de plástico branca em miniatura, que seus fabricantes dizem ser capaz de suportar uma chuva pesada. Durante testes, eles imergiram o laptop em um balde de água por 10 minutos, o que não afetou seu funcionamento.

Para funcionar, o laptop pode ser plugado na rede elétrica, ou os usuários podem usar seu carregador de dar corda, rodar uma manivela ou ficarem sentados à luz do sol com um painel solar flexível.

O carregador de dar corda, em exibição na quinta-feira, significa seis minutos de corda para uma hora de uso do aparelho em seu modo de e-book (livro eletrônico) de baixo consumo de força, sem backlight.

Diferente dos computadores atuais, que visam principalmente conexão com a 
Internet e baixar coisas, este computador é feito para enviar coisas, permitindo que a revolução do conteúdo gerado pelo usuário atinja o mundo em desenvolvimento.

"Quão grande é o horizonte para as crianças em algumas destas aldeias?" disse Josh Bernoff, analista da Forrester Research. "Agora elas terão uma forma de se comunicarem com o restante do mundo."

Carolyn Y. Johnson pode ser contatada por cjohnson at globe.com 

Tradução: George El Khouri Andolfato 

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/outros/2007/04/28/ult586u459.jhtm
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